Presos nove acusados de integrar quadrilha que distribuía maconha para PR, SP e RJ

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Nove pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (22), em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, acusadas de integrar uma quadrilha de narcotraficantes que distribuía drogas para os estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Ao todo, a operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com policiais civis e militares, cumpriu 13 mandados de prisão preventiva, mas quatro pessoas permanecem foragidas.

De acordo com Alexandre Rorato Maciel, delegado do Gaeco, a quadrilha é investigada desde abril deste ano, quando foram realizadas algumas apreensões de maconha. Desde o início das investigações, dez pessoas já haviam sido presas, entre elas alguns adolescentes. Maciel não soube informar a quantidade de dinheiro ou drogas que a quadrilha movimentava ou quanto já foi apreendido ao longo dos seis meses de investigação. "Estamos ouvindo agora todos os presos para obter mais informações sobre a atuação do bando", diz.

Segundo o delegado, o grupo é responsável por enviar drogas a partir da região da fronteira com o Paraguai para diversas regiões do Paraná e para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. "Eles entregavam maconha inclusive para presos, membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) destes estados, com quem a quadrilha tinha relação", afirma o delegado.

Maciel conta que, apesar de a polícia acreditar que a droga seja proveniente do Paraguai, os presos não serão autuados por tráfico internacional de entorpecentes, por não haver provas da origem do produto. "Sabemos que não há plantações de maconha aqui em Foz do Iguaçu, mas não podemos provar à Justiça que a droga tenha vindo do Paraguai", diz.

Ao todo, participaram da operação desta quarta-feira 52 agentes, entre policiais civis e militares e guardas municipais, que percorreram diversos bairros da cidade. Entre os 13 mandados, quatro foram cumpridos na cidade de Cascavel, também no Oeste. "Há ainda cinco suspeitos de integrar a quadrilha que não tiveram o mandado de prisão expedido pela 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, mas isso não significa que eles não responderão pelos crimes", diz Maciel. "O juiz apenas considerou que eles podiam responder em liberdade". Foram cumpridos ainda 14 mandados de busca e apreensão, mas nenhuma quantidade de droga foi encontrada nesta manhã.

Foram presos nesta quarta-feira Adriano Verdem da Silva, Márcia Castanho Gonçalves de Oliveira, Alessandra Leite da Silva, Bonifácio Ramón Gonzáles, Rodolfo Henrique Leite da Silva, Fábio Mueller, João Batista Borges de Faria, Tânia Medeiros Varela e Maria Ângela do Prado.

Segundo Maciel, eles deverão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção de menores, e podem pegar de 8 a 30 anos de prisão. Depois de ouvidos pelo Gaeco, todos serão encaminhados à carceragem da 6ª Subdivisão Policial, em Foz do Iguaçu, onde ficarão à disposição da Justiça.