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Cidade ficou devastada com a enchente de junho de 2014 | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Cidade ficou devastada com a enchente de junho de 2014| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

A chuva que não para de cair desde o início da semana em União da Vitória, no Sul do Paraná, já preocupava os moradores, mas, um comunicado do Sistema de Monitoramento Hidrológico do Paraná (Simepar) de que muita água ainda está por vir, serviu para deixar a população mais alerta. E a preocupação não é descabida. Há um ano, a cidade era castigada pelo Rio Iguaçu na pior enchente desde 1983. O nível do rio chegou a 8,13 metros acima do normal e o cenário desolador do ano passado não foi totalmente superado. O medo de que a água volte a subir é grande.

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Um ano depois, União da Vitória ainda se recupera dos estragos da enchente

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“Quando soube que poderia chover bastante fiquei apreensivo. E estou, na verdade. Se continuar, vou começar a ajeitar algumas coisas, deixar uma parte meio pronta para caso precise sair da casa”, conta o programador Tiago Vergutz, de 25 anos. No ano passado, a casa dele, que fica na Rua Paraná, bem perto da área central da cidade, foi tomada de repente pela água. Colegas o ajudaram com a mudança e Vergutz, junto com a mulher e a filha pequena, tiveram de deixar a casa às pressas. “Quando percebi que a água estava subindo, fiquei atento, mas não pensei que fosse tão rápido. Na segunda de manhã, fui trabalhar e logo minha mulher ligou falando que a água já estava a duas quadras de casa”, lembra. “Então, fui de carona com um amigo do trabalho até em casa, e já começamos a empacotar as coisas.”

Aquela foi a primeira enchente que o programador teve de enfrentar, diferentemente de Jucélia Lima de Castilho, de 48 anos, que em julho do ano passado contabilizou a quinta ocorrência desse tipo. Ela mora num sobrado a cerca de 100 metros da margem do Iguaçu, no bairro Navegantes, e qualquer chuva intensa é sinal de perigo. “Se eu vir que a água está chegando, subo as coisas e saio de casa”, explica. Jucélia mora com o marido no segundo andar da casa. O filho, a esposa dele e mais dois filhos do casal moram na parte de baixo. Há um ano, a água entrou no imóvel e atingiu a marca de dois metros. “Nas enchentes anteriores, eles deixavam as coisas em cima de cavaletes. Dessa vez, não deu. Faltaram uns 30 centímetros para a água entrar no segundo andar.”

No entanto, a possibilidade de chuva acima da média – mais de 200 milímetros até terça-feira (14) em quase todas as regiões do estado – não preocupa a Defesa Civil do município, vinculada à Secretaria de Agricultura. Por enquanto, segundo a Defesa Civil local, não há motivos para preocupação. Na área mais ao sul do estado, onde fica União da Vitória, o comum é chover 100 milímetros no mês de julho. Número que se ultrapassado costuma causar problemas.

Segundo o Simepar, a previsão é de chuva para União da Vitória até a próxima segunda-feira (13). A precipitação será mais forte no fim de semana, quando a chuva deve vir acompanhada de trovoadas.

Quando se preocupar

O monitoramento do nível do Rio Iguaçu é feito por quatro réguas que ficam embaixo da Ponte Machado da Costa – Ponte de Ferro. A marca, às 19 horas de quarta-feira (7) estava em 3,01 metros. Medida que não chega perto dos 5,5 metros, nível considerado preocupante pela Defesa Civil e quando as primeiras casas começam a ser atingidas.

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