A Polícia Rodoviária Federal (PRF) começou oficialmente a greve da categoria no Paraná nesta quinta-feira (23). Desde as 10 horas, um protesto reúne agentes no posto da PRF na BR-476, continuação da Linha Verde, próximo ao hospital Vita. Não há previsão de fiscalização detalhada nos veículos que passarem pela região, apenas orientação com panfletos para quem procura as autoridades policiais no local.
O ato serve para inaugurar a paralisação da categoria, aprovada desde segunda-feira (20). A intenção é trabalhar apenas com 30% do efetivo enquanto durar o movimento. Desde o começo da manhã desta quinta, a PRF só realiza atendimento de acidentes, segundo o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Paraná (Sinprf-PR).
"Aqui a manifestação acontecerá com essa concentração para dar o 'start' (início) nos protestos, mas nós vamos continuar com os portões fechados por tempo indeterminado. A única coisa que pode nos fazer voltar ao trabalho é o governo federal ceder às negociações", alega o diretor jurídico do Sinprf-PR, Sidnei Nunes.
Enquanto durar a paralisação, a entrega de boletins de acidente, solicitação de recurso de multa, operações de escolta ou a disponibilização de veículo batedor nas rodovias estão cancelados. Manifestações esporádicas de caráter simbólico também serão realizadas, segundo os grevistas.
Programação
Em Londrina, no norte do Estado, agentes da PRF realizam ato parecido com o da capital paranaense. Os participantes usam faixas e armaram uma barraca no calçadão para alertar as pessoas que passam das reivindicações da corporação.
Para o sábado (25), uma passeata conjunta com a Polícia Federal (PF) está prevista para acontecer na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu. Inicialmente, não há previsão de bloqueios ou fiscalizações detalhadas como as que aconteceram na semana passada.
Retrospectiva
Os policias decidiram cruzar os braços para se manifestar depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibiu as operações-padrão no País. Tanto a PF quanto a PRF tiveram que mudar o método de protesto, e passaram então a adotar as operações com "rigor zero".
A mobilização da categoria foi iniciada no Estado no último dia 8 de agosto, em reivindicação pelo aumento do quadro funcional, reestruturação da carreira e maiores salários aos funcionários da corporação.
Procurado pela reportagem, nesta quinta-feira o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ainda não se manifestou sobre o andamento negociações com os grevistas da PRF.
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