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Embora seja muito mais freqüente entre os homens – estatísticas mostram que 60 a 70% deles vão ficar carecas em alguma etapa da vida – a calvície pode afetar também as mulheres. Nesses casos a prevalência gira em torno de 10 a 15% e pode estar relacionada a distúrios hormonais, anemia por falta de ferro, infecções, dieta alimentar restritiva, período pós-parto ou ainda uso de alguns medicamentos. De acordo com a dermatologista e especialista em transplante capilar, Maria Angélica Muricy, nas mulheres o diagnóstico precisa ser muito mais detalhado. "Geralmente precisamos de exames laboratoriais e em alguns casos até mesmo biópsia do couro cabeludo", explica.

Ao contrário dos homens, que tem a área frontal e a chamada coroinha mais afetadas, nas mulheres a calvície é mais difusa.

Aline (nome fictício), 27 anos, sofreu com a perda dos cabelos por mais de um ano. Em 2004, ao fazer uma escova em um salão de Curitiba, ela foi alertada pela cabeleira sobre a queda dos fios. "Era desesperador, meu cabelo caía demais, no banho eu pegava maços nas mãos e chegou uma hora que eu tinha até medo de pentear porque para desembaraçar caía muito", lembra. Junto com a perda da auto-estima, a garota, que era muito vaidosa, enfrentou o preconceito. "Minha própria família dizia que eu era desleixada, que não arrumava o cabelo. Meu namorado me deixou e perdi amigos, só minha mãe ficou do meu lado", diz.

Até descobrir a causa do problema, Aline passou por quase 10 médicos, entre eles três dermatologistas, ginecologistas, endocrinologistas e clínicos gerais. Somente em março de 2006 ela foi diagnosticada com a chamada alopécia androgenética, quando há excesso de hormônio masculino. Hoje ela toma diariamente uma medicação inibidora do hormônio e está com o cabelo praticamente recuperado. "Foi muito sofrido, eu chorava direto, não queria sair de casa, cheguei a pensar que não tivesse solução", conta.

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