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Demandas

Pedidos incluem ampliação da jornada extraclasse

Além do acréscimo salarial, os professores pedem que a prefeitura melhore as condições de trabalho, reformule o plano de carreira e que o órgão responsável pelo atendimento de saúde dos servidores municipais não seja privatizado. Outra demanda é o cumprimento da lei federal 11.738, que determinou que 33% da jornada de trabalho seja dedicada a atividades extraclasse. A rede de Curitiba destina apenas 20%. "Também não há o respeito pelo número reduzido de alunos, as classes estão lotadas, o que compromete as atividades", afirma Silmara Carvalho, uma das diretoras do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba.

Na reunião de ontem, a Secretaria Municipal da Educação prometeu ampliar o quadro de professores para implantar a hora-atividade. "Muitos professores têm garantido 20% para a hora-atividade e alguns chegam a 24%. Isso significa que, para chegar ao patamar previsto pela lei, está faltando de 9% a 13%, dependendo do profissional, e, por isso, estamos contratando professores que acabaram de participar de um concurso e programamos outro ainda para esse ano", diz a secretária municipal Liliane Sabbag. (DD)

O que fazer?

Como nem todas as escolas confirmaram a adesão à greve, a Secretaria Municipal da Educação recomenda aos pais que entrem em contato com a direção das instituições antes de levar os filhos para as aulas. A secretaria está tentando garantir a limpeza e a distribuição de merenda nas escolas enquanto durarem os protestos.

Professores e servidores de escolas municipais de Curitiba entram hoje em greve por tempo indeterminado. Os sindicatos esperam a adesão dos cerca de 10,5 mil profissionais da rede municipal de ensino, que atuam em 181 escolas de ensino fundamental e 183 de educação infantil.

A decisão foi confirmada ontem, depois de uma tentativa frustrada de acordo em uma reunião realizada entre representantes da Secretaria Municipal da Educação com o Sindicato dos Servidores do Magistério Muni-cipal de Curitiba (Sismmac) e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc).

A greve está programada para co­­meçar com uma passeata às 9 horas na Praça Santos Andrade, no Centro, e os manifestantes devem ca­­minhar até o edifício da prefeitura, no Centro Cívico. Os professores querem que o piso salarial de R$ 1.199,64 pago pela prefeitura a docentes com curso superior em uma jornada de 20 horas seja reajustado para R$ 1.800. A prefeitura anunciou em 29 de fevereiro que vai aumentar esse valor para R$ 1.319,90, mas os sindicalistas consideram o reajuste insuficiente.

Na interpretação do Sismmac, se o piso nacional sugerido pelo Ministério da Educação (MEC) a um professor com ensino médio para uma jornada de 20 horas é de R$ 725,50, um professor com curso superior deve receber no mínimo R$ 1.800 para a mesma carga horária de trabalho no início de carreira.

"É claro que a gente não consegue dar um salto de R$ 1.199,64 para R$ 1.800", afirmou a secretária municipal da Educação, Liliane Sabbag. Segundo ela, com o reajuste de 10% e o pagamento de uma gratificação de pelo me­­nos R$ 275 mensais do Programa de Pro­­dutividade e Qualidade (PPQ), o salário dos professores para 20 ho­­ras de trabalho chegará a R$ 1.594,90. Os sindicalistas, no en­­tanto, alegam perdas salariais acumuladas e insistem no aumento do piso para R$ 1.800.

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