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As greves na Universidade Estadual de Maringá (UEM) , Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual do Paraná (Unespar) – câmpus Paranaguá e na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) chegaram ao fim nesta quarta-feira (24). Na UEM, cerca de 500 professores e servidores se reuniram em assembleia no restaurante universitário e decidiram suspender a paralisação iniciada em 27 de abril. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sintemmar), Celso Nascimento, pelo menos 95% dos participantes foram favoráveis à decisão.

“Ponderamos e suspendemos, mas sem desistir da luta. Temos uma pauta imensa e continuaremos a reivindicá-la”, diz Nascimento. O presidente acrescenta que apesar de muitas das solicitações enviadas ao governo do estado não terem sido atendidas, há a preocupação por parte da categoria em não prejudicar mais ainda os estudantes. “Muitos alunos são de outros estados, moram aqui [em Maringá] e pagam aluguel, outros têm contratos com ônibus e continuam arcando com os gastos. Nós também somos responsáveis por isso.”

Contando as duas paralisações – o primeiro movimento paredista ocorreu entre janeiro e fevereiro deste ano –, a UEM ficou sem atividades por 68 dias, com os mais de 22 mil estudantes fora das salas de aula. O retorno das atividades será decidido pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP), que deve se reunir na sexta-feira (26). No entanto, segundo o presidente do Sintemmar, o reinício das aulas deve ocorrer já na próxima segunda-feira (29).

Unicentro

As aulas na Unicentro também serão retomadas na segunda-feira. No site da universidade, há uma nota que convoca todos os alunos a retomarem as atividades acadêmicas já no início da próxima semana. As atividades da Unicentro ficaram paralisadas por 65 dias.

De acordo com o secretário geral do sindicado dos docentes, Denny Willian da Silva, um novo calendário universitário será definido. Na próxima sexta-feira (26) uma reunião dos conselhos superiores da universidade vai decidir como ocorrerão as reposições.

Unioeste

Cerca de 400 professores da Unioeste participaram da assembleia organizada pelo sindicato que represneta a categoria. Eles sugeriram que as aulas sejam retomadas na sexta-feira (26), mas a Unioeste informou que o retorno acadêmico só acontecerá após as convocações dos dois conselhos superiores – Conselho Universitário e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – para anunciar o novo calendário. A convocação só acontecerá após a assembleia do Sinteoeste, outro sindicato que reúne técnicos e professores, marcada para as 14 horas desta quinta-feira (25).

O professor Roberto Deitos, da diretoria do Adunioeste, disse que não era possível continuar com a paralisação após a aprovação dos salários dos servidores do Estado na Assembleia Legislativa. “Não tem mais o que fazer, infelizmente”, diz ele sobre a aprovação do projeto de lei que reajusta os salários dos servidores, mas que não agradou aos professores por ser índice inferior a inflação. Deitos diz que, apesar do fim da greve, continuarão fazendo reivindicações ao governo do Estado.

A professora Francis Guimarães Nogueira, vice-presidente do Sinteoste, afirma que não é possível adiantar resultado da assembleia desta sexta-feira (25), mas também ressalta que não há mais nada a ser feito após a aprovação do projeto de reajuste salarial dos servidores. “Combatemos o bom combate, mas sem dúvida haverá grandes perdas econômicas para os servidores”, declara. A tendência, no entanto, é pelo fim da paralisação dos técnicos da Unioeste e do Hospital Universitário do Oeste do Paraná.

Unespar

Os professores da Unespar Paranaguá decidiram em assembleia na noite desta quarta-feira (24) pelo fim da greve na universidade. O ano letivo 2015 vai começar na próxima segunda-feira (29). A decisão foi anunciada pouco antes das 21 h e recebida com alegria entre os acadêmicos que não tiveram nenhum dia de aula neste ano.

O câmpus da Unespar em Paranaguá ainda não tem condições de receber os alunos por causa das obras que, depois de meses de atraso, devem terminar em aproximadamente dois meses, segundo a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Até lá, os alunos vão assistir às aulas em salas emprestadas pelos colégios estaduais próximos ao câmpus.

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