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Deve demorar mais um pouco para saber se os motoristas de ônibus de Curitiba terão que passar pelo teste do bafômetro antes de começar a trabalhar. Depois de ressalvas apresentadas pelo vereador Rogério Campos (PSC), o representante do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) na Câmara, o vereador Paulo Rink (PPS) atrasou a votação de seu projeto em quatro sessões.

Rink já mudou o texto da proposta, determinando que os testes sejam aplicados mensalmente em grupos aleatórios de motoristas em vez de verificações diárias, mas novas mudanças vêm por aí. "A proposta não prevê que o exame tenha que ser feito em local de modo a não constranger o motorista. Imagina se o passageiro vê o trabalhador passando pelo bafômetro e acha que o motorista bebeu?", questiona Campos. Caso isso aconteça, acredita o vereador, os profissionais do volante vão ficar ainda mais estressados, o que pode prejudicar sua capacidade de conduzir os ônibus.

Além do local, o parlamentar, que já foi motorista de ônibus, também apontou para a necessidade de que os equipamentos e profissionais que administram o exame sejam homologados. "Não sou contra o projeto, mas temos que ter cuidado para não transformar o trabalhador em vítima", destaca.

O criador da proposta, Paulo Rink, diz que não quer correr o risco de ter seu projeto rejeitado pela prefeitura e, por isso, pediu cartas tanto ao companheiro de Casa quanto à procuradoria do Executivo com todas as considerações a respeito da iniciativa.

"Não pensei que teria tanta repreensão sobre uma questão tão básica no transporte. Quero conseguir transparência total nessa área e proteger tanto o trabalhador quanto o usuário", comenta o parlamentar, que espera que o projeto volte ao plenário da Câmara já no começo de dezembro.

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