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Santana está detido na carceragem da DFR | Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo
Santana está detido na carceragem da DFR| Foto: Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo
  • Gabriel Cata Preta também teve a prisão prorrogada pela Justiça

A Justiça concedeu, nesta quinta-feira (28), a prorrogação, por mais 30 dias, da prisão temporária de dois skinheads, acusados de participação no assassinato do jovem Lucas Carvalho, de 18 anos, em Curitiba. Gabriel Cata Preta, de 18 anos, e Fernando Santana, de 28 anos, estão presos na carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), que está responsável pelas investigações. Carvalho foi morto a facadas por um grupo de skinheads, no dia 5 de setembro, depois de sair com amigos de um shopping situado no Centro Cívico.

A polícia já relatou o inquérito do caso e o encaminhou ao Ministério Público do Paraná (MP-PR). De acordo com o delegado Vinícius Martins, dois jovens que acompanhavam Carvalho na saída do shopping e uma outra testemunha serão ouvidos novamente. "Após a conclusão deste procedimento, finalizaremos o inquérito e, em seguida, o MP avalia se oferece a denúncia à Justiça", explicou o delegado.

Na semana passada, a polícia ouviu uma jovem que mora em um apartamento para onde os skinheads foram depois de cometer o crime. Segundo o delegado, em depoimento, ela afirmou ter visto Cata Preta e um menor lavando facas que teriam sido usadas no crime. "Ela revelou também que o namorado dela contou que todos os skinheads estavam armados com facas, inclusive os outros três menores de idade", apontou Martins.

Acusados

Além de Cata Preta e de Santana, Jean Michael Zampiva Mattos também é acusado de participação no crime. Ele já foi ouvido pela polícia e deu detalhes sobre o assassinato.

Quatro menores de idade – entre eles, um adolescente de 13 anos – também são acusados pelo homicídio. O inquérito policial está documentado com dezenas de fotografias que mostram os jovens em saudações nazistas e gestos típicos do grupo de skinheads. A DFR remeteu cópia do inquérito à Delegacia do Adolescente, que passa a ser responsável por investigar o envolvimento dos menores no crime. "Pedimos urgência máxima nestas apurações", disse Martins.

A DFR já promoveu pelo menos três acareações entre os acusados, inclusive entre os adolescentes, e concluiu que todos têm participação direta na morte de Carvalho. "Os sete estão envolvidos e, para a polícia, todos deram facadas na vítima", disse o delegado. Todos são acusados de latrocínio (roubo seguido de morte), porque, após matar Carvalho, os agressores levaram a carteira e dinheiro do rapaz.

O crime

Carvalho foi assassinado por volta das 19h15, depois de ter saído de um shopping, acompanhado de um grupo de amigos. Eles foram perseguidos por sete skinheads e, na fuga, se separaram. Lucas Carvalho e um amigo foram alcançados próximo ao Cemitério Municipal.

De acordo com a polícia, Cata Preta e Mattos seguraram Carvalho pelo braço e os outros integrantes do grupo começaram a agredi-lo. A vítima foi atingida com vários golpes de faca e morreu a caminho do hospital As investigações apontam que Carvalho foi perseguido e assassinado, porque foi confundido com um punk que teria participado de um atentado contra Fernanda Santana, de 28 anos, que também está preso. Cata Preta confirmou esta informação.

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