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O Conselho Federal de Psicologia (CFP) puniu nesta sexta-feira (31) a psicóloga Rozângela Alves Justino, que há 20 anos diz oferecer terapia para curar a homossexualidade masculina e feminina. A profissional carioca, que é presbiteriana, será alvo de uma censura pública por ter infringido resolução do CFP, que desde 1999 instituiu que a homossexualidade não constitui doença e, portanto, os psicólogos não devem "colaborar com eventos e serviços que proponham seu tratamento ou cura".

Entre as punições que poderiam ser aplicadas à profissional, a censura pública é bem branda. A infração a recomendações do CFP pode acarretar multa ou até cassação do registro profissional. Com a decisão, o CFP manteve decisão do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro, que já a havia julgado em 2007. Procurada pela reportagem, a psicóloga não respondeu aos pedidos de entrevista.

A decisão do órgão não agradou a ativistas do movimento homossexual no país. O coordenador do grupo de conscientização Arco-Íris, Júlio Moreira, avaliou como "insignificante" a punição aplicada a Rozângela Alves Justino. "A psicóloga vem há anos produzindo essa proposta de cura, baseada em fundamentos religiosos e nada científicos", argumentou. Segundo o secretário regional da Associação Brasileiras de Gays, Lésbicas, Bissexuais Travestis e Transexuais (ABGLT), Léo Mendes, a entidade já estuda entrar com ação na Justiça contra a psicóloga.

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