Comprar com segurança pela internet, reduzir as emissões de carbono e monitorar as vagas em estacionamentos. Pode parecer estranho assuntos tão diferentes sendo discutidos no mesmo lugar. Mas na mostra Pesquisa e Inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), realizada ontem no câmpus Curitiba, esses e outros temas que vão do efeito das plantas medicinais nos processos de cicatrização à produção de frutas em pomar doméstico dividiram o mesmo espaço. A segunda edição da mostra reuniu 168 projetos desenvolvidos por pesquisadores, alunos de mestrado e doutorado e bolsistas, que estão disponíveis no endereço eletrônico www.agenciapuc.pucpr.br.
Um dos projetos que mais chamou a atenção é um software que dá segurança a quem faz compras pela internet. O programa armazena todas as informações repassadas durante o processo de compra, como produto, valor, data e hora. O projeto contou com a participação de um mestrando em Direito, para que as informações tenham validade na Justiça. "É um protocolo de autenticidade ofertado pelo consumidor", explica uma das pesquisadoras responsáveis pelo projeto, a doutora em informática Cinthia Freitas. "Os dados ficam criptografados e qualquer modificação pode ser identificada." A idéia é ofertar o software para as empresas que mantêm sites de vendas de produtos.
Projetos que podem melhorar o ambiente urbano e reduzir as emissões de dióxido de carbono também fazem parte da mostra. Os pesquisadores Fábio Duarte, Tomás Moreira e Rodrigo Firmino, do programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana, desenvolveram um software para incentivar a prática da carona em empresas. "O sistema estaria atrelado ao site da empresa ou instituição pública. As pessoas acessam, colocam informações sobre o caminho que fazem e como poderiam pegar carona", diz Tomás Moreira.
Outro projeto do mesmo grupo de pesquisadores é o Mobilidade Urbana Sustentável. "A idéia é fazer uma análise mais aprofundada da empresa e do seu impacto para o meio ambiente". Na primeira etapa os pesquisadores analisam dados como a emissão de dióxido de carbono pelos carros de funcionários ou a frota da companhia, e também quantidade de lixo produzido. Em seguida, são feitas as soluções específicas para aquela cada empresa.
Segundo o coordenador da mostra, Waldemiro Gremski, dos 110 projetos apresentados no ano passado, três já geraram novas patentes.
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