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FOZ DO IGUAÇU - Nove pessoas acusadas de fazer parte de uma quadrilha de traficantes de drogas foram presas ontem pela manhã em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado. Até o fim da tarde, quatro suspeitos ainda estavam foragidos. Outras cinco pessoas supostamente ligadas ao grupo não tiveram as prisões preventivas decretadas por falta de provas. De acordo com a polícia, chama a atenção a logística de distribuição do bando: parte da droga produzida no Paraguai era transportada por adolescentes em ônibus de linha até São Paulo e Rio de Janeiro.

Com ligações fortes a facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, a quadrilha vinha atuando na região há quase dois anos. Investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) desde abril, até ontem dez suspeitos já haviam sido presos flagrados com vários quilos de maconha, crack, haxixe e alguns frascos de lança-perfume.

"Os principais mercados eram São Paulo e Rio, mas enviavam a droga para quem e onde pedissem", comentou o delegado do Gaeco, em Foz do Iguaçu, Alexandre Rorato Maciel.

Um dos foragidos é apontado como sendo o líder do grupo, preso em janeiro do ano passado por tráfico de drogas. O delegado não soube calcular o quanto a quadrilha vinha movimentando, mas disse que em algumas apreensões a quantidade de crack apreendida chegava a "dois, três quilos". Ainda segundo Maciel, durante as investigações foram identificados pedidos feitos de dentro de penitenciárias paulistas. As encomendas maiores seguiam para os outros estados em carros de passeio. As menores eram despachadas em ônibus na bagagem de adolescentes usados como "mulas".

Durante a operação, agentes do Gaeco, policiais civis e militares e guardas municipais apreenderam um veículo com fundo falso freqüentemente usado para o transporte de drogas. Foram detidos ontem Adriano da Silva, Alessandra Leite da Silva, Bonifácio Ramón Gonzáles, Fábio Mueller, João Batista Borges de Faria, Márcia Castanho Gonçalves de Oliveira, Maria Ângela do Prado, Rodolfo Henrique Leite da Silva e Tânia Medeiros Varela. Os acusados devem responder por tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção de menores, com penas que variam de oito a 30 anos de prisão.

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