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Deslizamentos soterram 4 em São Paulo

Quatro pessoas morreram após deslizamentos de terra ontem no estado de São Paulo. Na capital, o acidente ocorreu por volta das 16h20 e atingiu uma casa, soterrando duas pessoas, que até o início da noite não haviam sido identificadas. A tragédia ocorreu em decorrência do temporal que fez com que o Centro de Gerenciamento de Emergências colocasse a cidade em estado de atenção para alagamentos. Ao todo, 17 equipes dos bombeiros participaram dos resgates às vítimas. Segundo a Defesa Civil, além de São Paulo a chuva alagou também parte do município de Itapecerica da Serra.

Em Bragança Paulista, um casal morreu soterrado. Por causa das fortes chuvas que atin­giram a região durante a ma­­­drugada, um barranco deslizou por volta de 1h15, atingindo uma casa em um sítio. João Pedro de Oliveira Preto, 38 anos, e Marina de Godoi Silva, de aproximadamente 30 anos, morreram soterrados. Quatro crianças entre 1 e 11 anos que também estavam na casa foram socorridas pelos vizinhos e policiais militares.

São Paulo - Mais um município decretou situação de emergência devido à chuva no Rio Grande do Sul. A si­­tuação de Liberato Salzano, no entanto, ainda será avaliada para o reconhecimento do decreto, informou ontem a Defesa Civil do estado. Entre o dia 13 de novembro e quarta-feira, 127 dos 496 municípios gaúchos decretaram situação de emergência. Oito pessoas morreram no período. Com o reconhecimento da situação de emergência, um município pode fazer compras sem licitação, entre outras facilidades.

Balanço divulgado ontem mostra que 4.047 pessoas permanecem desabrigadas (dependem de abrigos públicos) e outras 13.881 estão desalojadas (em casa de amigos ou parentes). No total, as chuvas danificaram 15.302 residências e destruíram outras 339.

Ventos com velocidades entre 80 e 100 km/h voltaram a ferir pessoas e causar prejuízos no estado na quarta-feira. Em Ijuí (a 402 km de Porto Alegre), bombeiros relataram que pelo menos dez pessoas ficaram feridas com destelhamentos de casas e quedas de árvores, nenhuma delas em estado grave. De acordo com a Defesa Civil, a entrada de uma massa de ar polar deve provocar declínio de temperaturas hoje no estado, mas não há previsão de chuva forte para o fim de semana.

Escolas danificadas

O ministro da Educação, Fernando Haddad, se reunirá na próxima semana com o secretário de Edu­cação do Rio Grande do Sul, Ervino Deon, para contabilizar os estragos nas escolas causados pela chuva. Segundo Haddad, o Ministério da Educação já reservou recursos para reparos nessas escolas. De acordo com o ministro, o valor a ser repassado será definido após a avaliação dos prejuízos.

"Nós tivemos a experiência de Santa Catarina, do Piauí, do Maranhão, que também tiveram enchentes. A atuação do MEC com as secretarias estaduais de Educação foi decisiva para que as aulas pudessem ser retomadas logo que as águas baixassem", disse. Haddad explicou que, para agilizar o repasse das verbas, há a possibilidade de depósito direto na conta da escola, o que, segundo o ministro, permite a liberação do dinheiro em questão de dias. "Isso é para pequenos reparos e uma recuperação imediata como pintar paredes, limpeza, corrigir o toalete para manter a escola em condições mínimas."

As escolas mais danificadas que precisarem de um aporte maior de recursos deverão fazer um convênio direto com a Secre­taria de Estado da Educação. "Tenho certeza de que o início do próximo ano letivo não terá nenhum tipo de prejuízo, porque toda a contratação de obras de reparo será feita em caráter de emergência", afirmou.

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