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Mercadante: “Quem tentar (usar o celular) será prejudicado” | Fabio Rodrigues Pozzebom/ ABr
Mercadante: “Quem tentar (usar o celular) será prejudicado”| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ ABr

Controvérsia

Mesmo antes das provas, exame já enfrenta ações civis públicas

A correção das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – centro de controvérsias nas edições passadas – já enfrentou três ações civis públicas só neste ano. As ações propostas pelo Ministério Público Federal (MPF) no Ceará e pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro pedem, além do acesso à correção, direito a recurso para mudar a nota – o que é vetado pelo edital do Enem, assim como ocorre em outros vestibulares. Desde 2012, o espelho da prova de redação pode ser acessado pela internet. Nele estão as notas de cada uma das cinco competências e o acesso tem caráter pedagógico. Em dois processos, o governo conseguiu tutela antecipada e, em outro, uma liminar contrária ao Enem foi cassada em segunda instância. Desde 2009, foram 13 ações civis públicas contra o exame. O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Claudio Costa, diz que houve grande avanço nesse ponto da prova. Costa cita a mudança no edital para anular redações com deboche, como a que trazia uma receita de macarrão instantâneo, aumento do tempo de treinamento da equipe e novos critérios para corretores. Agora, os textos seguem para a terceira correção caso haja diferença maior que 100 pontos nas duas primeiras leituras – antes, eram 200 (em escala de mil).

13 horas é o horário de fechamento dos portões dos locais de prova. Hoje, é dia das provas de Ciências Humanas e Ciências da Natureza, com 45 questões objetivas cada uma. Os candidatos terão 4h30 para a resolução. Não esqueça de levar um documento de identidade com foto, o cartão de confirmação de inscrição e caneta de tinta preta para preencher o gabarito. Em caso de furto do documento, será aceito boletim de ocorrência emitido, no máximo, 90 dias antes do dia do exame.

Gabarito

No sábado e no domingo, logo após o fim das provas do Enem 2013, a equipe da Gazeta do Povo e professores dos colégios Acesso, Bom Jesus, Dom Bosco e Expoente estarão a postos para corrigir e comentar as questões do exame. Acompanhe a resolução em tempo real e o gabarito extraoficial em www.gazetadopovo.com.br/vida-universidade.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reforçou ontem que o candidato que postar fotos ou mensagens em redes sociais no local de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será eliminado. Uma equipe do ministério vai monitorar redes como o Twitter e o Facebook. "No ano passado, identificamos usuários em questão de minutos", disse Mercadante. O Enem será aplicado hoje e amanhã a mais de 7,1 milhões de candidatos em 1.161 cidades em todo o país. As informações são da Agência Brasil.

No exame de 2012, 65 candidatos foram eliminados por postarem imagens na internet, como caderno de provas e do cartão de resposta. Segundo o ministro, foram identificados inclusive aqueles que usavam pseudônimos.

O candidato receberá no local de prova um envelope com lacre para guardar os pertences. Quem estiver com celular, deverá desligá-lo e colocá-lo no envelope, que ficará embaixo da carteira durante toda a prova. "Seremos cuidadosos e rigorosos, não vamos aceitar em hipótese nenhuma a utilização de celular nas salas de aula. Quem tentar seguramente será identificado e prejudicado", disse o ministro.

Além do celular, não é permitido uso de lápis, caneta de material não transparente, lapiseira, borracha, livros, manuais, impressos, anotações e dispositivos eletrônicos.

A segurança é uma das preocupações do Ministério da Educação (MEC). Neste ano, as provas deixaram a gráfica de segurança máxima em malotes com lacre eletrônico e GPS, que permite acompanhar o deslocamento da prova e o horário em que os malotes serão abertos.

Depois de impressas, as provas foram guardadas em um galpão do Exército em São Paulo, e posteriormente, nesta semana, foram encaminhadas aos estados. De lá, serão levadas aos locais de prova. O MEC não informa a data ou a hora que ocorrerá o deslocamento. Todo o processo, explica Mercadante, tem o apoio das Forças Armadas, da Polícia Militar, da Polícia Federal, da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal.

O compromisso do MEC, segundo o ministro, é garantir que os candidatos façam a prova em condições iguais, que não haja vazamento de questões ou de respostas. Sobre o monitoramento das redes sociais, Mercadante disse: "Nosso trabalho aqui não é tão eficiente como o do Obama", referindo-se às denúncias de que o governo norte americano tem espionado outros países. "Mas é bom. E é uma razão republicana, de preservar o exame. Não queremos espionar a vida de ninguém. Só queremos que o exame seja feito nas mesmas condições por todos", reforçou.

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