Estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) procuraram na manhã de ontem a Secretaria de Estado da Cultura do Paraná para reclamar das obras de restauração da capela do edifício da Reitoria iniciadas há poucos dias. A alegação dos alunos é que as reformas descaracterizaram o espaço que é tombado e está sob a responsabilidade da Coordenadoria do Patrimônio Cultural.
Depois da denúncia dos alunos, Rosina Parchen, coordenadora do Patrimônio Cultural, que não tinha conhecimento da reforma da capela, entrou em contato com a pró-reitoria da UFPR para pedir os projetos de restauração e apurar os dados fornecidos pelos alunos. O resultado dessa avaliação deve sair na próxima semana.
O fato é que a capela já foi demolida. O altar, as imagens, o espaço onde estava o órgão e o coreto foram destruídos. "Passei por lá e é mesmo de cortar o coração. Não só pelo desrespeito aos objetos da Igreja, mas também pela completa falta de noção do valor histórico e cultural daquele espaço", lamenta Maria Isabel Bordini, aluna do curso de Letras.
Segundo o pró-reitor de Administração da UFPR, Paulo Krüger, a reforma da capela faz parte do projeto Corredor Cultural. A iniciativa, idealizada para a comemoração do centenário da universidade em dezembro deste ano, prevê a revitalização do trajeto que une o imóvel da Praça Santos Andrade à Reitoria, na Rua Doutor Faivre. "Não entendemos porque os alunos ficaram assustados. Essa capela não sofre reformas há muitos anos e queremos apenas restaurá-la." Perguntado sobre o fato de a Coordenadoria de Patrimônio Cultural não ter sido procurada antes das reformas, Paulo disse que os projetos foram encaminhados assim que a Secretaria os pediu, na tarde de ontem.
Policial dedica-se a fortalecer combate à pedofilia e tenta aumentar pena a abusadores
Ministro do STF multa novamente Daniel Silveira e indefere pedidos da defesa
Câmara rejeita 9 emendas ao projeto do homeschooling; proposição segue para o Senado
Suspensão de jornalista no Twitter é mais uma ameaça à liberdade de expressão