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Terezinha Vareschi, dona da área de 36 mil metros quadrados em Santa Felicidade, não esconde sua paixão pela natureza. E o grande desafio agora é garantir que esse sentimento seja mais forte do que a pressão que ela vem sofrendo há três anos para vender o terreno. Muitas empresas estão interessadas em usar a área para a construção de um condomínio residencial. "É difícil resistir porque preciso de dinheiro para sobreviver", afirma.

Por isso ela está sendo orientada pelos técnicos da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e da prefeitura de Curitiba para transformar a área em Reserva Particular do Patrimônio Natural Municipal (RPPNM). Nesse mecanismo, a prefeitura de Curitiba calcula o potencial construtivo, ou seja, quanto da área poderia servir à construção civil. Esse potencial vira crédito para ser vendido às construtoras, que poderão trasferi-lo para outros imóveis. Com o crédito, elas podem, por exemplo, construir um prédio com mais andares do que o permitido pelo zoneamento, enquanto a reserva permanece preservada.

O projeto das RPPNMs tem potencial para garantir em Curitiba a preservação de 14 milhões de metros quadrados de florestas nativas no meio urbano. A lei das reservas particulares foi sancionada pelo prefeito Beto Richa em 2007. A cidade tem uma RPPNM já constituída, outra que só espera a sanção do prefeito e mais três em análise.

Além desse, outro instrumento legal disponível para os proprietários de áreas verdes é o desconto no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que varia de 10% a 100%.

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