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O Ministério Público Federal (MPF) de Foz do Iguaçu marcou para o dia 30 uma audiência de conciliação para tentar solucionar o impasse provocado pela decisão judicial que restringe a circulação de veículos de transporte no interior do Parque Nacional do Iguaçu (PNI). Desde o dia 1º de agosto, apenas os ônibus da empresa responsável pela recepção de visitantes está judicialmente autorizada a prestar o serviço. Cerca de 3,5 mil taxistas, guias e transportadores do turismo são afetados pela medida.

A mudança leva em conta a ação movida por uma ONG ambientalista gaúcha que aponta, entre outros, os riscos de atropelamentos de animais dentro da reserva e os prejuízos à flora. Somente este ano já são quase 40 os incidentes registrados. O último aconteceu na última sexta-feira (17) quando um dos ônibus da concessionária atropelou um lagarto. O animal chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu no início da semana. A motorista responsável teve o direito de dirigir no parque suspenso por 30 dias.

No sábado (18), a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que cumpria agenda política na região, se reuniu com representantes do trade turístico local para ouvir as reivindicações da categoria. A ministra prometeu interceder também junto à ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira - para quem o grupo deve entregar um abaixo-assinado. Os trabalhadores pedem a regularização do serviço de transporte e a revisão do Plano de Manejo, documento que direciona as ações no parque.

Diante da disposição da ministra, os manifestantes decidiram encerrar o bloqueio que já se estendia por três dias em frente ao portão do PNI. Na última quinta-feira (16), os manifestantes montaram um bloqueio na BR-469, impedindo o acesso de veículos ao parque. A fim de garantir a segurança de funcionários e turistas, a direção suspendeu os passeios na unidade de conservação no primeiro dia de protesto, o que acabou frustrando muitos visitantes.

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