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Uma audiência realizada ontem na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região (TRT-9.ª), pôs fim a um indicativo de greve aprovado pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) no último dia 1.º. A categoria solicitou a reunião devido ao temor de que os empresários não pagassem os salários reajustados em 9,28% no 5.º dia útil deste mês, data em que esses trabalhadores receberão pela primeira vez o novo salário.

Compareceram à reunião representantes da Urbs; Comec, órgão estadual responsável pela região metropolitana; Setransp, sindicato que representa as empresas de ônibus; e do próprio Sindimoc. De acordo com Anderson Teixeira, presidente do sindicato dos trabalhadores, o encontro teve um desfecho positivo. "O objetivo da reunião era que os empresários se comprometessem a realizar o pagamento de todos os trabalhadores e isso ocorreu", afirmou Teixeira.

Reajuste

O reajuste de 9,28% nos salários de motoristas e cobradores, com ganho real de 3,82%, foi conquistado pela categoria após quatro dias de greve – entre 26 de fevereiro e 1.º de março. A paralisação foi encerrada em assembleia no dia 1.º de março, um sábado.

Como a data-base é dia 1.º de fevereiro, a categoria passou então a aguardar o pagamento retroativo ao período em que ficou sem o reajuste – o que está previsto para ocorrer no próximo dia 7.

Uma petição do Setransp no TRT-9.ª, porém, colocou em alerta o Sindimoc. No dia 28 de março, o sindicato patronal protocolou documento no qual mostrava preocupação em relação à indefinição sobre a nova tarifa técnica. A indefinição desse valor, dizia o sindicato, colocava em risco o pagamento reajustado dos trabalhadores.

Mas o temor durou pouco. Na última terça, o sindicato comunicou à imprensa que havia recebido a planilha com a nova tarifa técnica da Rede Integrada de Transportes (RIT), que foi reajustada em 9% – passando de 2,93 para 3,18. Como esse comunicado não estava protocolado no TRT-9.ª, o Sindimoc manteve o pedido pela audiência de ontem.

De acordo com o TRT-9.ª, entre o dia 28 e ontem as empresas de ônibus levantaram outro problema: a prefeitura de Curitiba já estaria repassando às empresas que operam na RIT o novo valor da tarifa técnica, mas o mesmo não estaria ocorrendo com as linhas metropolitanas que operam fora da rede integrada.

Na audiência de ontem, diz o TRT-9.ª, esse novo impasse foi resolvido com o governo estadual se comprometendo a repassar o valor reajustado da nova tarifa técnica em até sete dias úteis para as linhas metropolitanas não integradas. Já os empresários teriam se comprometido a pagar os salários reajustados dos trabalhadores dessas linhas, assim como aos demais da RIT, já no próximo dia 7.

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