O secretário de Estado da Saúde, David Uip, anunciou na tarde desta quinta-feira (18) o repasse de R$ 3 milhões para o Hospital São Paulo, que interrompeu a partir desta quinta as internações eletivas – que não são de emergência – por causa da crise financeira que atravessa. A data de liberação do dinheiro não foi informada.
Segundo o secretário, uma das condições para o repasse da verba é a retomada imediata do serviço. “O governador me permitiu liberar R$ 3 milhões com o compromisso de o hospital retomar (as internações eletivas). O Hospital São Paulo compõe o quadrilátero dos hospitais mais importantes de São Paulo. Espera-se que a população não sofra. Essa decisão é pró-população.”
Segundo o site do hospital, são realizadas 2,6 mil internações e 1,6 mil cirurgias por mês.
A principal fonte de verba da unidade é o governo federal, que tem feito ajustes nas contas desde o início do ano. Ele diz que a verba repassada pelo Estado é suficiente para a compra de insumos por mais de um mês.
Durante a coletiva, Uip disse que a unidade é o único hospital federal de São Paulo e criticou os repasses feitos pelo Ministério da Saúde.
“O único hospital federal deveria andar muito bem com o financiamento. Estamos repassando anualmente R$ 56 milhões e, em 2014, repassamos de forma emergencial mais R$ 5 milhões. É uma situação constrangedora, porque o hospital deveria ser um brinco.”
De acordo com o secretário, o hospital recebe R$ 164,4 milhões por ano do governo federal. Ele diz que há uma crise na área da saúde no que diz respeito à verba destinada aos hospitais. “Há um subfinanciamento federal, que paga 60% do que custa e o Ministério vem diminuindo o repasse.”
O Ministério informou que os repasses destinados ao hospital estão em dia e que a unidade recebe cerca de R$ 158 milhões anualmente. Também disse que uma portaria de março vai garantir repasse extra de R$ 12 milhões neste ano.
Contingenciamento
Uip informou que há um plano de contingência para receber pacientes do Hospital São Paulo, mas disse que é possível que ele não seja acionado.
“Temos dez hospitais prontos, mas acredito que isso não vai ser necessário.” Entre as unidades estão o Hospital das Clínicas, o Hospital Santa Marcelina, o Conjunto Hospitalar do Mandaqui e o Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos.
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