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O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, confirmou em entrevista coletiva nesta terça-feira (15) que expulsará os policiais suspeitos de envolvimento em duas mortes no Butantã, zona oeste da capital paulista.

“Onze PMs estão presos, eles vão ser processados criminalmente e expulsos”, disse Moraes. Na noite de segunda-feira (14), a Justiça decretou a prisão temporária dos PMs Angelo Felipe Mancini, Flavio Lapiana de Lima, Fabio Gambale da Silva, Paulo Eduardo de Almeida Hespanhol, Samuel Paes, João Maria Bento Xavier, os seis suspeitos de matar Fernando Henrique da Silva.

Anteriormente, já havia sido decretada a prisão dos policiais Tayson Oliveira Bastiane, Silvano Clayton dos Reis, Mariani de Moraes Figueiredo, Silvio André Conceição e Jackson Silva Lima, os cinco pela morte de Paulo Henrique de Oliveira.

Tanto Fernando Henrique da Silva quanto Paulo Henrique de Oliveira eram suspeitos de praticar um assalto no bairro Butantã e suas mortes por policiais foram registradas em vídeos. As imagens mostram situações diferentes das alegadas pelos PMs, de que os dois suspeitos tinham reagido à ação policial.

A investigação dos homicídios será conduzida pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) e o processo de expulsão pela Corregedoria da PM.

Grupos de extermínio

Apesar da forma como os suspeitos foram assassinados, o secretário de Segurança Pública disse que “não há nenhuma relação desse caso com grupos de extermínio”.

Moraes rebateu declarações do ouvidor de polícia do Estado que, em entrevista à Folha de S.Paulo, afirmou que as imagens de PMs matando suspeitos já rendidos só evidenciam a existência de grupos de extermínio na corporação.

“As declarações foram feitas sem nenhuma base, com todo respeito ao ouvidor. É uma declaração panfletária”, disse Alexandre de Moraes.

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