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O paraibano Lindemberg Alves, de 22 anos, que mantém desde a tarde de segunda-feira (13) a ex-namorada refém em Santo André, no ABC, contou em rápida entrevista nesta quarta-feira (15) que pretende liberar a adolescente de 15 anos, mas "não avisar" quando isso vai acontecer.

"Não precisa avisar. Porque eu liberei três pessoas e não aconteceu nada demais. Por que vou mudar de plano? Não vou dar hora, nem momento. Vai acontecer e pronto", disse ele, por telefone à reportagem do SPTV. Alves e a ex-namorada estão no apartamento dela desde as 13h30 de segunda, em um conjunto habitacional na periferia da cidade.

Desde o início do caso, Alves, que foi namorado da adolescente por quase três anos, liberou outros três jovens que estavam no imóvel, também reféns. Eles estavam fazendo um trabalho de escola, quando o rapaz invadiu o local.

O jovem, que se mudou da Paraíba para a capital coma família ainda pequeno, contou que tentou conversar com a jovem, mas "ela sempre virava as costas e me deixava falando", afirmou.

Alves, que foi descrito por vizinhos do conjunto habitacional onde também mora, no Jardim Santo André, como uma pessoa ciumenta, garantiu que "não queria voltar" com a ex-namorada. "Eu tinha deixado bem claro para a família dela. Não queria voltar; só ter uma conversa e ela não avceitava".

Vedete

O coronel Eduardo José Félix, comandante do Batalhão de Choque que negocia a rendição do rapaz, afirmou no final da tarde desta quarta que, por volta das 14h, havia fechado um acordo o seqüestrador.

"Ele nos disse que iria colocar a arma no chão e liberar a moça", contou o coronel. O acordo, no entanto, não se concretizou, e o rapaz desistiu do combinado sem dar explicações, de acordo com o comandante.

"Ele disse que só vai liberá-la quando quiser, ele está se sentindo uma vedete. Tivemos de recomeçar do zero", declarou. O coronel Félix disse também que o rapaz ficou nervoso depois que tocaram campainha do apartamento onde ele mantém a garota refém, na manhã desta quarta-feira.

"Ele não atendeu o telefone a noite toda nem de manhã. Então, ficamos preocupados. Se ele tivesse a matado a facadas e tivesse se matado de alguma outra maneira? Por isso, decidimos tocar a campainha. Um de nosso homens pegou um cabo de vassoura, foi até lá e apertou o botão da campainha", relatou.

O coronel disse ainda que as negociações com o seqüestrador prosseguiram durante toda a tarde, mas que não há qualquer previsão de desfecho.

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