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O funcionário público do governo do Maranhão Jorge Henrique Rabelo Pereira, de 48 anos, conhecido como "Seu Jorge", foi detido neste sábado (13), acusado de fornecer dois revólveres e um aparelho celular utilizado pelos líderes da rebelião ocorrida esta semana no presídio São Luís e na Penitenciária de Pedrinhas, ambas na capital do Estado. Dezoito presos foram assassinados no motim.

Pereira é acusado pela Polícia Civil do Maranhão de ter recebido R$ 1 mil para facilitar a entrada de armas no Anexo III do presídio São Luís, onde foi iniciada a rebelião e mais R$ 300 para fornecer o aparelho celular com o qual os presos estavam mantendo comunicação com outros detentos durante o motim.

O servidor era agente administrativo há aproximadamente dez anos e estava trabalhando no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Sua prisão temporária foi decretada pelo juiz José Ribamar Goulart Helluy Júnior, a pedido Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Maranhão. "Dificilmente teria ocorrido a rebelião se o agente não tivesse, em troca de dinheiro, fornecido as armas que ceifaram a vida de 18 internos", declarou o juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior.

As investigações sobre os motivos da rebelião foram iniciadas ainda na terça-feira, pelo 12º Distrito Policial de São Luís e Delegacia de Homicídios. O inquérito segue em segrego de Justiça. O motim, segundo a política, foi comandado pelos detentos Marinaldo Assunção Roxo (Cerequinha), Nilson da Silva Sousa (O Diferente) e Rone Lopes da Silva (Rony Boy). Os três foram transferidos, com outros 17 presos, para o presídio de segurança máxima de Mato Grosso.

O motim no Complexo Penitenciário de Pedrinhas durou aproximadamente 30 horas. Começou segunda-feira pela manhã e terminou no final da manhã de terça. Quinze presos na Penitenciária São Luis e três em Pedrinhas morreram. Dos 15 detentos mortos no presídio São Luís, três foram degolados.

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