Servidores do Poder Judiciário vão aderir à mobilização desencadeada pela categoria em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, visando alertar para a falta de estrutura funcional, de recursos para manutenção dos trabalhos dos funcionários e implantação de um Plano de Carreira para a classe. Desde o dia 23 de abril, os 37 servidores cruzam os braços durante uma hora como forma de sensibilizar a população para a falta de estrutura do Judiciário. O número de servidores é insuficiente para atender a demanda do fórum da comarca, atualmente com 66 mil processos em tramitação.
"A situação da Comarca de Foz é a mais crítica dentro do contexto estadual pois recorre a 187 estagiários para tentar suprir a demanda", declarou Edson Fernando, representante do Sindijus em Foz do Iguaçu. Ele também destacou a situação precária do Fórum de São Miguel do Iguaçu, cidade com 30 mil habitantes e que conta com apenas três servidores.A expansão da mobilização em todo o Paraná foi definida durante a Assembléia Geral Extraordinária realizada pelo Sindijus Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário, a primeira na história do sindicato promovida no interior. De acordo com o Coordenador Geral do Sindijus, José Roberto Pereira, a categoria exige a contratação das cerca de mil pessoas aprovadas no concurso público de 2005, paralisada por falta de recursos. Também cobram a elevação do orçamento do Poder Judiciário do Paraná, hoje de R$ 668 milhões, menos da metade que estados como Rio Grande do Sul, cujo orçamento do Poder Judiciário é de R$ 1 bilhão e 400 milhões.
Outro ponto importante para a categoria é a correção do salário da categoria, segundo Pereira, defasada em 68% de acordo com dados do Dieese, e a aprovação do Projeto de Plano de Carreira, aguardada há pelo menos 18 anos pelos servidores. "Não temos ascensão profissional, nem mesmo quando o servidor se especializa com cursos universitários ou de pós graduação", finaliza.
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