• Carregando...

O temporal que começou na manhã deste domingo (26), em Campo Grande, derrubou árvores, torres de alta tensão e causou transtornos a moradores da cidade. Um índio morreu atingido por um raio e a mulher dele teve queimaduras pelo corpo, em Ponta Porã (MS).

Segundo o secretário municipal de Governo de Campo Grande, Rodrigo de Paula, alguns pontos da cidade estão sem energia elétrica e muros de imóveis foram derrubados pelo vendaval. Não há registro de feridos.

Durante a manhã, segundo a assessoria de imprensa da Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul), cerca 8,4 mil clientes foram impactados pela falta de energia elétrica em Campo Grande. Por volta das 13h30 deste domingo, a estimativa era de que 500 clientes ainda estivessem sem luz.

"Em Campo Grande, a maior parte das ocorrências é de queda de árvores, destelhamento e casas ameaçadas de desabamento. Estamos em campo prestando atendimento e, por isso, ainda não há um levantamento de pessoas afetadas", diz ao G1 o coronel Ociel Ortiz Elias, coordenador estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso do Sul, o vento derrubou seis torres de alta tensão às margens da rodovia BR-262, no quilômetro 305, por volta das 8h, horário local (9h, em Brasília), em Campo Grande. A rodovia liga o estado a São Paulo.

No mesmo local, o vento tombou um caminhão que estava parado no acostamento. O motorista não se feriu. De acordo com a polícia, as torres de alta tensão ficaram retorcidas e caíram no pasto de uma propriedade particular. A área fica próxima a um assentamento sem-terra, que fica às margens da BR-262.

Índio carbonizado

Um índio de 45 anos morreu carbonizado ao ser atingido por um raio dentro de casa, às 4h30, na Aldeia Lima Campo, a 60 quilômetros de Ponta Porã. A mulher dele teve queimaduras pelo corpo e foi levada ao Hospital Regional do município. Segundo o médico Roberto Aspetti, o estado de saúde da mulher é grave e ela será transferida à Santa Casa de Campo Grande.

A chuva também afetou a cidade de Naviraí (MS), segundo o coronel Elias. Uma queda de granizo causou prejuízos em pelo menos três bairros da cidade, mas também não há informações sobre o número de afetados.

Dois meses de seca

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital de Mato Grosso do Sul está há pelo menos 60 dias sem chuva forte. Não havia registro desde 19 de julho. Em 14 de setembro, uma chuva fraca ocorreu na capital de Mato Grosso do Sul e interrompeu o longo período de tempo seco na região.

"A massa de ar seco que atuava sobre o Centro-Oeste, Norte e Nordeste está sobre uma área muito menor. Permanece apenas no Tocantins, Mato Grosso, sul do Piauí e do Maranhão. Já em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, a chuva é causada por uma frente fria, associada à formação local de nuvens", diz ao G1 o meteorologista Hamilton Carvalho, do Inmet.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]