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Juarez Ferreira Pinto está preso desde 17 de fevereiro pelo crime em Caiobá | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Juarez Ferreira Pinto está preso desde 17 de fevereiro pelo crime em Caiobá| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Relembre o caso do Morro do Boi

O crime

- Os estudantes Monik Pegorari, de 23 anos, e Osíris Del Corso, 22, foram baleados no dia 31 de janeiro no Morro do Boi, na praia de Caiobá, em Matinhos. Monik ficou 18 horas no local do crime até ser resgatada pela polícia. Ela teria sido vítima de estupro. Osíris morreu na hora.

A primeira prisão

- No dia 17 de fevereiro, Juarez Ferreira Pinto, de 42 anos, foi detido pela polícia no balneário de Santa Terezinha, em Pontal do Paraná, com base em retrato falado feito com informações da vítima. Juarez alegou inocência desde o princípio.

Mudança de versão

- Quatro dias depois da prisão, a polícia mudou a versão. Em vez de homicídio, Juarez teria praticado um latrocínio (roubo seguido de morte). A afirmação da polícia se baseou em supostos R$ 90 que teriam desaparecido da roupa de Monik. O próprio delegado Luiz Alberto Cartaxo havia dito dias antes que nada havia sido roubado. Também houve um recuo na questão do suposto estupro que a jovem teria sido vítima. Na segunda versão, houve apenas atentado violento ao pudor, quando não há conjunção carnal.

Caso encerrado

- No dia 26 de fevereiro, a polícia anunciou o encerramento do caso e o indiciamento de Juarez. E revelou que duas provas apresentadas pela defesa haviam sido adulteradas: um caderno com anotações sobre a movimentação do caixa da empresa onde Juarez trabalhava e uma folha solta de papel, onde era controlada a quantidade de carrinhos de chope que saíam para a praia – Juarez trabalhava limpando os carrinhos. As datas dos dois documentos estavam rasuradas.

Nova prisão

- No dia 25 de junho, Paulo Delci Unfried foi preso por invadir uma casa e violentar uma mulher, em Matinhos. Ele confessou ter matado Osíris e baleado Monik. Com ele havia duas armas e o exame de balística confirmou que o tiro que matou o estudante partiu de uma delas.

Desmentido

- Em acareação com Monik e Juarez, Paulo Unfried voltou atrás e disse que foi forçado a confessar.

Soltura

– Na noite de 31 de julho, por falta de provas, a Justiça mandou soltar Paulo Unfried.

O advogado de Juarez Ferreira Pinto – acusado de matar o estudante Osiris del Corso e balear Monik Pegorari de Lima no Morro do Boi, em Caiobá –, Nilton Ribeiro, disse esperar para amanhã a decisão sobre o pedido de habeas-corpus entregue ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). O pedido ainda não foi analisado pela desembargadora Sônia Regina de Castro. Segundo a assessoria de imprensa do TJ-PR, os advogados de defesa tinham 48 horas a partir de ontem para juntar à petição documentos que auxiliem a desembargadora na decisão. "O pedido não estava devidamente instruído", afirma a assessoria.

Enquanto isso, Paulo Delci Unfried, que confessou há duas semanas ter matado Del Corso e atirado contra Monik – além de ter molestado a jovem –, continua preso no Centro de Triagem II em Piraquara. Por enquanto ele permanece sendo apenas suspeito. O crime, que aconteceu no dia 31 de janeiro, voltou a ter destaque depois da prisão de Unfried, há duas semanas. Detido por assalto a residência e estupro no litoral do estado, Unfried confessou ser o autor do crime do Morro do Boi. Um exame de balística comprovou que o revólver 38 encontrado com ele foi a arma que matou Osiris e baleou Monik. Desde então, as autoridades envolvidas na elucidação do caso sofreram fortes críticas, já que não há prova pericial contra Juarez, acusado que está preso desde o dia 17 de fevereiro.

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