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Alguns motoristas chegam a aguardar uma hora e meia para fazer a travessia Caiobá-Guaratuba | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Alguns motoristas chegam a aguardar uma hora e meia para fazer a travessia Caiobá-Guaratuba| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Queda de barreiras intensificou movimento na travessia

Esta quinta-feira (11) foi mais um dia de espera para quem precisou fazer a travessia entre Caiobá e Guaratuba de ferry boat. Entre o fim da manhã e o início da tarde, a equipe a reportagem esteve no local e observou que os motoristas aguardavam de 40 minutos a uma hora para pegar as barcas.

A insatisfação entre os usuários, que buzinavam ansiosos, era grande. "Isso é um teste de paciência. Estamos há muito tempo parados aqui", reclamava o comerciante Miguel Carvalho. "O meu trabalho fica atrasado. Já devia estar bem longe daqui", dizia o caminhoneiro Losemar de Souza.

Além de menos embarcações, o movimento é grande por conta dos motoristas que utilizam o caminho como alternativa para chegar a Santa Catarina. "Com os deslizamentos ocorridos depois das chuvas, prefiro vir por aqui para chegar em Joinville", diz o caminhoneiro Valdir dos Santos, que transporta sal desde Paranaguá. O casal de Maringá, no Noroeste do estado, Uilson e Cely Schena, faz o mesmo. "Acho mais seguro", diz ele. (ALG)

A pouco mais de uma semana para o início do verão, os motoristas que passam pelo litoral paranaense estão preocupados. O motivo é o tempo de espera da travessia de ferry boat entre Caiobá e Guaratuba. Se antes não passava de dez minutos, desde o início desta semana a espera por uma barca tem excedido em muito o tempo normal. "Estou na fila há 40 minutos. Isso atrasa muito o meu trabalho", disse à reportagem o representante comercial Luciano Schone , que distribui revistas pelo litoral, na tarde da última terça-feira (9). "Uma hora e vinte minutos esperando para atravessar é demais. Estou indignado", reclamava na quarta-feira (10) o técnico de segurança Mário Moreira.

O atraso do serviço se deve ao número reduzido de embarcações desde o começo da semana. De acordo com Valdir Boligon, gerente de contrato da F. Andreis, empresa que administra o trecho, três barcas estão em manutenção. "Por causa do excesso de chuvas do mês passado e o maior movimento que tivemos depois das enchentes em Santa Catarina, fomos obrigados a adiar os trabalhos", explica. Boligon garante que até o fim desta semana mais duas embarcações voltam a fazer a travessia. "A última delas retorna às atividades no início da alta temporada", afirma Boligon.

Entre os usuários, a esperança é de que o serviço volte ao normal até o início do verão. "Se continuar assim, seremos muito prejudicados", diz o revendedor de carros, Genivaldo Bittencourt, que toda a semana faz o trajeto Pontal do Sul- Garuva. "Moro em Guaratuba e conto com a pontualidade da travessia para os dias mais movimentados", diz a funcionária pública aposentada, Lia Franscica.

Licitação

A licitação para a contratação da empresa que fará a travessia na Baía de Guaratuba já deveria estar concluída há um ano e dois meses. Em julho de 2007, o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) anunciou o início da licitação, que seria concluída em três meses. De acordo com assessoria de imprensa do DER, alterações no edital, entre elas a inclusão de isenção de tarifa aos veículos com placa de Guaratuba, aprovada em dezembro de 2007, atrasaram o processo.

Além disso, uma das empresas concorrentes, a Interportos S.A., do Rio de Janeiro (RJ), não se habilitou na fase de apresentação de documentos. O motivo seriam inconformidades apontadas pela Comissão de Licitação, pela Procuradoria Jurídica do DER e pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). Dessa forma, a F. Andreis se manteve na administração do trecho ao vencer a concorrência – a empresa opera o serviço desde 1996.

O processo está em fase aprovação da proposta financeira, o último dos itens analisados. Depois, segue para análise da Comissão de Licitação e na seqüência para a homologação do governador Roberto Requião. A nova licitação prevê que os barcos do DER – três dos seis que deveriam estar em operação - passem por reforma e tenham a capacidade de transporte aumentada. A assessoria de imprensa do departamento não soube informar quando essas modificações devem ser concluídas e nem quantos veículos a mais serão carregados.

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