Três pessoas são assassinadas em restaurante de Londrina

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Três pessoas morreram baleadas e uma quarta ficou ferida, na noite da segunda-feira, no Restaurante Toca do Cateto, localizado no bairro Heimtal, em Londrina. O estudante João Rafael Zanin Bueno, 27 anos, e o comerciante Renato Mendes, 46 anos, foram mortos por balas perdidas. O alvo dos disparos era Anderson Ferreira dos Santos, 23 anos, assassinado com pelo menos 20 tiros. No meio da confusão, E.G.A, 20 anos, foi atingido na perna. Ele está internado e passa bem.

Os disparos foram feitos pouco antes de meia-noite, quando estavam no restaurante cerca de 500 pessoas. Segundo testemunhas, dois homens com uma pistola calibre 380 e um revólver 38 entraram no local e descarregaram suas armas contra Santos, que morreu na hora. Na mesma mesa estavam outras pessoas, que não foram feridas. Os assassinos fugiram em um Kadett de cor prata. Até o fim da tarde de ontem, a polícia não os havia identificado.

Dramas

Anderson Ferreira dos Santos era suspeito de latrocínio e outros crimes. Ele já teria conseguido fugir de duas tentativas de homicídio, nos últimos cinco meses. Segundo o delegado João Aquino, os bandidos entraram no restaurante e já começaram a atirar contra Santos, que não teve nenhuma reação. "Não houve discussão nem nada. Foi uma execução premeditada", disse.

A bala perdida que matou João Rafael Zanin Bueno atingiu a cabeça do jovem. No momento dos disparos, ele estava dançando com uma amiga. O estudante cursava o terceiro ano de Economia na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e era sobrinho do proprietário da Toca do Cateto, José Gavilan. A família doou os órgãos do rapaz para transplante.

Consternados pelo crime também estavam os familiares de Renato Mendes. No velório, eles ainda tentavam entender o que aconteceu. "Meu irmão era trabalhador e vivia para os quatro filhos. Foi jantar e isso aconteceu", disse Clóvis Mendes. Mendes foi atingido por um tiro nas costas.

O proprietário do restaurante disse que tragédia poderia ter sido ainda maior. Segundo ele, duas horas antes do crime, o local estava lotado com cerca de mil clientes. "As pessoas ficaram desesperadas e saíram correndo e tentando se esconder. Nunca pensei que veria isso na minha vida", lamentou.