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A Polícia Civil de Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, está atrás de um homem de 42 anos, foragido da Justiça e investigado pelo assassinato de Marisa Ester Navochale, 55 anos, morta em frente a própria casa em novembro de 2014. Segundo a polícia, ele teria agido a mando de um esquema montado para desviar uma herança de R$ 5,4 milhões, devida a Navochale.

Três pessoas já foram presas suspeitas de participação no esquema do desvio e estão no Complexo Médico Penal de Pinhais. Durante a prisão, ocorrida em uma das casas que fazia parte da herança, no Guabirotuba, em Curitiba, computadores e documentos foram apreendidos pelos policiais. Das três pessoas, dois são advogados (um homem e uma mulher) que ficaram responsáveis pelos inventários de herança da vítima, que esperava receber propriedades do pai e do marido, ambos falecidos. O terceiro suspeito preso seria um "laranja" que teria sido utilizado pelo casal de advogados para realizar o desvio dos bens para o nome deles. Já o homem procurado pela polícia teria envolvimento na morte da vítima.

Segundo o delegado Fernando Zanoni, de Pinhais, há indícios da participação dos quatro no desvio da herança da moradora de Pinhais e no homicídio. Os advogados trabalhavam para a vítima desde o início de 2014 e, em maio daquele ano, Navochale começou a registrar boletins de ocorrência contra o casal por suspeita de estar sendo vítima de um golpe.

"São 5,4 milhões que ela alegava terem sido desviados: um estacionamento na Rua Chile, em Curitiba, no valor de R$ 5 milhões e uma casa no bairro Guabirotuba por R$ 400 mil", diz o delegado. Ao todo, foram oito boletins de ocorrência registrados pela vítima, sem que isso tivesse impedido a sua morte. Segundo o delegado, os advogados teriam simulado a venda dos imóveis para o nome deles "usando uma procuração com poderes ilimitados, que a vítima alegava que não tinha conhecimento, ou porque não assinou ou porque teria sido ludibriada para assinar", contou.

Durante os desentendimentos com os advogados, Marisa teria sido alertada de que o homem de 42 anos, atualmente procurado pela polícia, estaria tramando a morte dela, a mando dos advogados. Segundo a investigação, um dos indícios que apontam para esse assassinato é uma gravação na qual o foragido combinava com um dos outros suspeitos a morte da vítima.

O foragido procurado pela Polícia Civil no caso tem passagem pela polícia por porte de arma.

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