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Duas pacientes idosas, com praticamente o mesmo nome, diagnósticos iguais - acidente vascular cerebral isquêmico - e internadas na mesma sala da emergência do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), na Baixada Fluminense. A série de coincidências e um descuido na unidade provocou o impensável: Hilda de Oliveira, de 60 anos, foi transferida para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, na última terça-feira, no lugar de Hilda Oliveira dos Santos, de 75 anos.

Constatado o engano, Hilda de Oliveira retornou, quase nove horas depois, para Nova Iguaçu. O motivo da confusão, de acordo com a assessoria da unidade, foi o fato de a paciente de 75 anos, que deveria ter ido para o Marcílio Dias, ter morrido no início da madrugada de terça. "Quando a equipe do Marcílio Dias chegou a esta unidade, levou a paciente Hilda de Oliveira, 60 anos, moradora de Mesquita", dizia a nota.

Cleide de Oliveira, filha da idosa levada por engano ao hospital da Marinha, acredita que o estado de saúde de sua mãe piorou após o episódio.

"Antes da troca, minha mãe estava em coma induzido, e agora os médicos disseram que ela está em coma natural e vai ficar em estado vegetativo. Não entendo por que só falaram isso agora. É estranho", diz a filha.

A assessoria do Hospital Geral de Nova Iguaçu negou que o quadro de Hilda tenha se agravado com a transferência. Uma sindicância interna foi aberta na unidade para apurar o caso.

Já de acordo com o Comando do 1º Distrito Naval, a paciente Hilda de Oliveira foi internada na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Naval Marcílio Dias e após a realização de exames foi levada novamente ao Centro de Tratamento Intensivo do Hospital da Posse. Ainda segundo o Comando do 1º Distrito Naval, a paciente não apresentou qualquer problema no trajeto.

Na 58ª DP (Posse), onde o caso foi registrado por Cleide, o delegado Marcos Henrique de Oliveira Alves informou que, em princípio, não houve crime, mas apenas uma infração administrativa por parte de um servidor.

"De qualquer forma, vamos ouvir uma enfermeira do Hospital da Posse que estava durante a transferência", disse o delegado.

Cleide, filha de Hilda, garante que não vai poupar esforços para achar o responsável pelo episódio. "Não vou deixar barato. A família está muito abalada. Queremos uma resposta."

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