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Os ministros Luiz Henrique Mandetta e Damares Alves em reunião, no último dia 16 de janeiro.
Os ministros Luiz Henrique Mandetta e Damares Alves em reunião, no último dia 16 de janeiro.| Foto: Erasmo Salomão / Ministério da Saúde

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, conseguiu afinar com o Ministério da Saúde a tônica da campanha que será lançada na próxima segunda-feira (3) durante a abertura da Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência.

Com o slogan Tudo Tem Seu Tempo o governo vai propor aos adolescentes uma reflexão sobre a hora certa para iniciar a vida sexual.

Um vídeo, elaborado pelo Ministério da Saúde, será publicado na internet e estará disponível para compartilhamento nas redes sociais. A ideia é iniciar uma campanha permanente por mudança de comportamento.

O Observatório Nacional da Família (ONF), unidade de pesquisa da Secretaria Nacional da Família, aponta que, em média, os meninos brasileiros estão começando a vida sexual aos 12 anos e 9 meses e as meninas aos 13 anos e 7 meses - constatação que explica os altos índices de gravidez entre adolescentes no Brasil.

Segundo a secretária nacional da Família, Angela Gandra, que participou de quatro reuniões no Ministério da Saúde - a última delas na terça-feira (28) com o próprio ministro Luiz Mandetta, o ministro da Saúde percebe uma necessidade de formação comportamental dos adolescentes.

Como adiantou a ministra Damares Alves, a campanha não vai falar abertamente de abstinência sexual na adolescência, mas o convite à reflexão está sendo considerado pelo próprio Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos um avanço em relação às ações que vinham sendo feitas até hoje, focadas unicamente em oferecer camisinhas e pílulas anticoncepcionais, o que não vinha resolvendo o problema da gravidez indesejada na faixa etária de 12 a 18 anos.

"Foram acolhidas uma série de sugestões e vejo um bom plano para o diálogo. São sementes que a gente vai lançando", disse Angela Gandra à Gazeta do Povo.

"Ações serão feitas depois, mais com o foco nas relações humanas. Nossa preocupação não é só a doença [DSTs] ou a gravidez, mas todo o entorno que envolve o adolescente, desde a frustração nos relacionamentos até a automutilação. Há uma preocupação de, mais adiante, lançarmos um programa de formação até com os agentes de saúde."

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