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| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

Parte da obra será bancada por empresas

Parte do valor estimado para as obras previstas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) será arrecadada com a venda do potencial construtivo do prédio histórico situado na Praça Santos Andrade.

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Riachuelo quer recuperar o brilho

Todos os dias, 2 mil pessoas circulam por hora entre a Praça Tiradentes e o Centro Cívico em Curitiba. É um fluxo de gente que faz compras, vai a restaurantes e usa os serviços da região e que, em grande parte, evita passar pela Rua Riachuelo. Esse caminho, com 200 anos de história, ganhou má fama com seus imóveis vazios e fechados por tapumes, iluminação deficiente e a imagem de que é um ponto de prostituição e consumo de drogas.

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A região central de Curitiba não deve mais ser a mesma, pelo menos no que depender de alguns projetos independentes que querem transformar a área em um espaço cultural. As iniciativas começaram com a reforma do Paço da Liberdade e da Capela Santa Maria, com o início da repaginação da Rua Riachuelo e agora com um projeto da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que recebeu o nome de Corredor Cultural. É na extensão de apenas um quilômetro – entre a Praça Santos Andrade e os prédios da Reitoria, na Rua Dr. Faivre – que a UFPR pretende trabalhar, aproveitando a infraestrutura já existente.

O lado esquerdo do prédio histórico, na Santos Andrade, será desocupado para receber um centro cultural com museus, teatros, salas de exposição, de dança e de música (veja no quadro ao lado). Já no outro extremo do corredor, o Teatro da Reitoria passará por uma reforma para também entrar no calendário cultural da cidade. A ideia ainda está no papel, mas a expectativa é de que tudo esteja pronto até 2012, quando se comemora o centenário da UFPR.

O Corredor Cultural será formado, então, não só pelos edifícios da UFPR, mas também pelo que já existe neste percurso, como o Teatro Guaíra, o Teatro da Caixa e a Capela Santa Maria. "Queremos valorizar a infraestrutura existente para fazer com que as pessoas circulem neste corredor durante à noite e também nos fins de semana", diz o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho. Hoje o prédio histórico da universidade fica fechado nos finais de semana, o que deve ser alterado com o novo projeto.

Uma novidade deve mexer com as pessoas que circulam pela região da Santos Andrade: a Orquestra Filarmônica da UFPR será transferida do terceiro para o primeiro andar do edifício, para que os ensaios possam ser ouvidos pelos pedestres que circulam por ali. "É uma forma de mostrar para a população o que é produzido de cultura dentro da própria universidade", explica a pró-reitora de extensão e cultura Elenice Novak. O custo estimado do projeto cultural é de R$ 35 milhões, parte dele será arrecadada com a venda do potencial construtivo do prédio.

A prefeitura de Curitiba recebeu a notícia com entusiasmo. "É importante para quem mora e tem comércio na região, como para quem quer se estabelecer ali no futuro", diz o secretário de Urbanismo, Luiz Fernando Jamur. O secretário afirma que a prefeitura vai investir na melhoria na segurança, acessibilidade e na iluminação das ruas.

A criação do nome Corredor Cultura é um tipo de marketing positivo para a cidade, segundo economista e professor de mestrado em Gestão Urbana Christian Luiz da Silva. "Quando você denomina e trabalha com ações em cima de um projeto, faz com que um certo espaço fique mais atraente para a população. Agora, para que o Centro efetivamente se regenere, esta ação precisa ter uma manutenção, ou seja, ser constantemente renovada para atrair o público. Caso contrário, não vai resolver o problema de violência e de drogas na região", afirma Silva.

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Calendário

O início das obras do projeto Corredor Cultural depende da transferência do pessoal que ocupa atualmente a área do prédio que irá passar por reforma. Parte dos setores irá para a antiga sede da rede ferroviária federal (na João Negrão), e outra parte, para um dos prédios da Reitoria.

> Setembro deste ano: licitação para início das obras do prédio da rede ferroviária. Ele irá receber parte do setor administrativo da UFPR que ocupa atualmente o espaço do prédio histórico que será transformado em centro cultural.

> Entre novembro e dezembro: início das obras do prédio da antiga sede da rede ferroviária.

> Durante o segundo semestre deste ano: criação do Conselho de Curadores da Cultura (que será formado por professores, alunos e funcionários) que irão acompanhar as obras e a concretização do projeto Corredor Cultural.

> Março de 2010: transferência de parte do setor administrativo para a João Negrão.

> Março de 2011: transferência de alguns cursos da Reitoria para o sede da João Negrão: o local vago será usado pelos outros setores administrativos que estão no prédio histórico.

> Entre 2011 e 2012: início das obras e dos restauros do prédio histórico na praça Santos Andrade.

> Dezembro de 2012: inauguração do Corredor Cultural em razão das comemorações do centenário da UFPR.

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