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Nem Dilma, nem Temer. Há outros muitos assuntos que podem virar conversas na ceia de Natal. | Pedro França/Agência Senado
Nem Dilma, nem Temer. Há outros muitos assuntos que podem virar conversas na ceia de Natal.| Foto: Pedro França/Agência Senado

Além do tradicional peru, as mesas de Natal no Brasil também terão coxinhas e mortadelas. Não as iguarias que encontramos nas lanchonetes, mas pessoas que, ao longo de 2016, falaram em algum momento: “Fora Dilma”, ou “Fora Temer”.

Nas reuniões familiares, é praticamente certo encontrar alguém com ponto de vista diferente do seu. A pergunta é: como garantir uma ceia tranquila, sem resvalar para a briga política?

Como o consenso é algo difícil de se obter, a sugestão é contornar os assuntos mais polêmicos, puxando papo sobre temas como humor, sentimentalismo, homenagens e prêmios. A reportagem da Gazeta do Povo selecionou alguns tópicos que podem render boas conversas entre uma garfada e outra de peru.

O azarado

O ano de 2016 não está fácil, mas olha o que aconteceu com um curitibano em 1945: em visita à família na Alemanha, ele saiu para comprar pão e acabou sendo recrutado pelo exército nazista. Foi capturado e ficou um ano e meio preso. Detalhes da história são contados no livro “Era um Garoto – O Soldado Brasileiro de Hitler”. Isso sim é que é azar! A história pode ser um alento para os desanimados com a atualidade.

Arquivo Pessoal

O capita e o camaleão

Prestar homenagem a quem já morreu costuma angariar somente palavras de apoio e comoção. Dependendo do perfil da família, você pode puxar assunto sobre a passagem de Carlos Alberto Torres, o capitão da seleção brasileira tricampeã em 1970, ou sobre o ícone do rock, David Bowie.

O capita, como era conhecido, emocionou a todos ao erguer a Jules Rimet e beijá-la, algo inédito até então. Bowie, inventivo e original ao longo de toda sua carreira, morreu dias após lançar um álbum em que se despedia dos fãs, já preparado para o fim da vida.

Arquivo/Estadão Conteúdo

Uma dica: a tragédia da Chapecoense é muito recente e pode provocar emoção exacerbada na família. Também pode motivar conversas tensas sobre a Libertadores em 2017 e o futebol nacional. Avalie se vale a pena entrar no assunto.

Será que chove?

Que tal conversar sobre o clima fugindo das perguntas-chavão do dia-a-dia? Quem é de Curitiba pode falar sobre o frio de 2016: foi realmente forte, o maior em 28 anos. Para quem quer reclamar da quantidade de chuvas na cidade, fique sabendo que é com razão.

Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Organize o bolão

Ganhar dinheiro é muito bom, mas apenas imaginar o que se fazer com uma bolada já deixa as pessoas felizes. A ceia de Natal pode ser a oportunidade para organizar um bolão e suscitar conversas animadas sobre o sonho de cada um.

Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Olhe para o céu

Você ou seus familiares se empolgam com eventos como a superlua? Programem-se para os eventos astronômicos de 2017. Em alguns locais, há serviços de turismo para recepcionar os amantes da astronomia.

Paulo Pinto/Fotos Públicas

Babacas do bem

Bom, se a conversa sobre amenidades não prosperar e os assuntos políticos de 2016 vierem à tona, tenha paciência e tente levar as coisas na brincadeira. Tenha em mente que você próprio pode ser um babaca. Isso mesmo. Pode ser um “babaca do bem”. Isto é, uma pessoa que acha que está 100% certa (não importa o lado) e acha que os outros estão todos errados.

O assunto é sério. O professor de filosofia da Universidade da Califórnia Eric Schwizgebel desenvolveu um teste simples para a pessoa saber se é um babaca. O colunista Dante Mendonça alerta: o mundo está cheio deles.

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