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Réu em ação penal por lavagem de dinheiro, o bispo Edir Macedo desfruta de uma mansão de quatro andares, 18 suítes e elevador panorâmico na estância turística de Campos do Jordão, em São Paulo. O palacete com 3,9 mil metros quadrados de área construída fica num terreno de 12 mil metros quadrados. Foi avaliado em cerca de R$ 4 milhões e construído por operários que são também fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus.

Conhecido em Campos do Jordão como a "mansão do Edir Macedo", o imóvel está registrado no Cartório de Registro de Imóveis local em nome da Igreja Universal e foi alienado como garantia de um empréstimo de R$ 8,2 milhões feito junto ao Bradesco em 2007. Embora o beneficiário do empréstimo seja a própria igreja, o objetivo do financiamento é obter "capital de giro", segundo certidão registrada no Cartório de Registro de Imóveis de Campos do Jordão.

De acordo com vizinhos, o bispo é visto esporadicamente no local e costuma ser discreto, a não ser quando promove partidas de futebol. Todos os operários que trabalharam na obra, de acordo com vizinhos e corretores imobiliários, foram fiéis da Igreja levados de outras cidades.

Na denúncia que originou o processo contra Edir Macedo e outras nove pessoas ligadas à Universal, o Ministério Público de São Paulo sustenta que a cúpula da igreja desviou o dinheiro doado pelos fiéis, já que, segundo a lei, entidades religiosas têm imunidade fiscal justamente para poderem investir todos os recursos arrecadados junto aos fiéis em obras sociais ou na manutenção dos templos.

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) anexado ao processo afirma que a Universal usou dinheiro de fiéis para comprar imóveis.

O advogado Arthur Lavigne, que, segundo a assessoria da Universal é o único autorizado a falar com a imprensa em nome da igreja, foi procurado por telefone pelo GLOBO, mas não retornou.

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