Ao menos cinco das sete universidades estaduais do Paraná irão promover atos nesta sexta-feira (29) para relembrar episódio que ficou conhecido como o “massacre do dia 29 de abril”, que completa um ano em 2016. O dia foi quando mais de 200 pessoas ficaram feridas em uma manifestação de servidores e professores no Centro Cívico de Curitiba contra a reforma na Paranáprevidência. Cachorros da Polícia Militar foram soltos contra os docentes e outros servidores que protestavam. Eles também foram atingidos com balas de borracha e gás lacrimogêneo.
Para relembrar os acontecimentos, professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) irão paralisar as atividades. A Seção Sindical dos Docentes da UEPG (Sinduepg) ainda preparou uma agenda de atividades para o dia. Às 7h30 e às 18h30, serão distribuídos panfletos nas entradas dos campi central e de Uvaranas. Às 9h30, acontece um ato em defesa da universidade pública e gratuita em frente ao prédio da reitoria.
Às 13h30 serão realizadas atividades culturais na Central de Salas, em Uvaranas. Às 16 horas, o ato “em defesa dos servidores e estudantes e contra os políticas de desmonte da Educação Pública” reúne os professores em frente à Igreja Sagrado Coração de Jesus. As atividades encerram às 19h30 com exibição de um documentário no Grande Auditório do campus Central.
O presidente do Sinduepg, Marcelo Bronosky, explica que a paralisação é uma forma de relembrar pautas defendidas naquela ocasião. “Se por um lado os acontecimentos [de 29 de abril de 2015] ignoraram os interesses dos professores, por outro houve um cenário de união da categoria nunca antes visto. Apesar da situação drástica e violenta, sem reconhecimento e responsabilização dos culpados, aquilo nos fortaleceu como categoria”, diz.
Outras universidades
Professores da UEM também irão parar. A informação foi confirmada pelo sindicato dos docentes da universidade, o Sinteemar, que chamou o ato de “luto pela educação”. O Sindicato dos Professores da Universidade Estadual de Londrina disse que não haverá alteração nas aulas, mas que uma série de atividades estão programadas para ocorrerem durante a sexta-feira, como, por exemplo, uma exposição de fotos da batalha do Centro Cívico e intervenção do comando docente na 3ª Jornada Universitária em defesa da Reforma Agrária.
Na Unioeste, os professores seguem em aula, mas também prometem relembrar a data com panfletagem, debates e passeatas.
Na Unicentro, em Guarapuava, a diretoria da entidade que representa os professores falou que tentou incorporar o recesso do dia 29 de abril no calendário do ano letivo, mas a proposta foi recusada pelo Conselho Universitário. Por isso, não haverá paralisação dos professores, mas, ainda assim, a instituição terá várias atividades ao longo do dia, entre elas a apresentação do documentário “Massacre 29 de abril: ataque do Governo do Paraná aos professores” produzido pela UEPG.
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