Se existe um setor do funcionalismo público que jamais se entedia é o da equipe de manutenção de parques e praças da prefeitura de Curitiba. Mesmo atuando há tempos na recuperação de aparelhos urbanos danificados por furto ou vandalismo, eles ainda se surpreendem com novos casos. Alguns parecem desafiar o bom-senso, a lógica e até as leis da física.
O caso mais intrigante ocorreu há pouco mais de dois meses, no Parque dos Tropeiros, na Cidade Industrial, quando a caixa dágua do salão de festas foi roubada. Ninguém sabe como a caixa, com capacidade para 500 litros, cheia e elevada a vários metros de altura, pôde ser desconectada da rede hidráulica.
O parque, aliás, é um dos que mais sofre com roubos. Esse mesmo salão teve a fiação elétrica totalmente arrancada, foi pichado e teve vidros quebrados. A partir da próxima reforma a quinta em dois anos , o local será cercado por tapumes que serão retirados apenas nos dias de evento. Já foram gastos R$ 200 mil em reparos no parque.
"Sempre consertamos e logo em seguida há ocorrências. Não podemos deixar de cuidar, embora gere um movimento repetitivo. Por isso, investimos também em conscientização", afirma Walquiria Pizatto Lima, gerente de Parques e Bosques da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. O ponto a ser tocado, exemplifica, é fazer com que o usuário deixe de pegar todos os papéis toalhas do suporte do banheiro ou, em caso de falha, suba no vaso sanitário para tentar desemperrar a descarga.
Os banheiros públicos têm sido alvo preferencial de vândalos. Protegidos pela porta fechada, sequer são intimidados pela presença de funcionário, no caso dos serviços com catraca e cobrança para uso. Além do roubo de torneiras e registros, é comum o entupimento causado por objetos estranhos jogados no vaso. Já foram encontradas fraldas, pedaços de pano e até uma calça jeans inteira. No mês passado, uma bomba caseira foi deixada em um banheiro do Parque Tingui e explodiu, destruindo a pia e o vaso sanitário.
Até areia
Jogadores amadores de futebol podem começar a ter problemas de desempenho nas peladas de fim de semana, pois a areia sob seus pés começa a ficar mais escassa. Embora menos frequente, o roubo de areia já foi percebido pela prefeitura. Geralmente em quantidades pequenas, feito com carrinho de mão, apesar de o tipo de areia utilizado não ser útil em construção civil. "Certo dia, deixamos o monte de areia para espalhar depois, o que acabou facilitando a ação", conta Walquiria.
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