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Das 496 prefeituras gaúchas, 66 decretaram emergência devido a inundações | Marcus Tatsch-Freelancer/Folhapress
Das 496 prefeituras gaúchas, 66 decretaram emergência devido a inundações| Foto: Marcus Tatsch-Freelancer/Folhapress

Em SP, ruas cheias e aeroporto fechado

A chuva que atingiu São Paulo ontem complicou a vida tanto de quem se deslocava por terra quanto por ar. No início da noite, às 18 horas, o transbordamento do Córrego do Ipiranga, na zona sul, travou o trânsito na cidade inteira – a lentidão chegou a 195 quilômetros na capital, às 19h45. Só a Marginal Tietê concentrava 13 quilômetros de congestionamento, por quase toda a extensão da via.

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Porto Alegre - Rajadas de ventos com velocidades superiores a 100 km/h voltaram a atingir o Rio Grande do Sul ontem. Em Rio Grande (309 km de Porto Alegre), o vendaval destelhou casas, derrubou postes e até virou um contêiner no terminal portuário. Mais de 10 mil casas ficaram sem luz. Os estragos na cidade portuária são os mais recentes de uma série de temporais que já deixou um saldo de oito mortes desde a semana passada e prejuízo por todo o estado. Em Santa Catarina e no Paraná, outras três pessoas morreram.

Até agora, 66 das 496 prefeituras gaúchas já decretaram emergência devido a inundações, granizo, vendavais e até por um tornado. Em Santa Catarina, foram 11 cidades.

A região do município de Progresso foi atingida por uma tempestade, mas o prejuízo ainda não foi calculado pela Defesa Civil gaúcha. Várias ca­­sas fossem destelhadas – o vendaval também deixou árvores arrancadas e retorcidas. Um pavilhão de mil metros quadrados teve a cobertura arrancada. Apesar da força do vento, não houve registro de feridos com gravidade.

Prejuízos

Ontem o governo gaúcho estimou em R$ 3,5 bilhões o prejuízo total com o clima desde janeiro. A maior parte das perdas contabilizadas pelo governo é referente ao período de estiagem, que devastou plantações no inverno e pôs em situação de emergência 266 cidades.

Desde setembro, quando a chuva começou a causar problemas, 69 escolas da rede estadual sofreram danos graves. De acordo com a Secretaria Estadual da Educação, o número poderá superar as cem depois que as prefeituras concluírem os relatórios de estragos.

As chuvas dos últimos dias também causaram prejuízos a agricultores. A pior situação ocorre em lavouras de arroz, onde as inundações devem provocar uma perda estimada de 800 mil toneladas de arroz, o equivalente a 25 dias do consumo de toda a população do país.

Segundo a Defesa Civil, há 4.922 desabrigados e outras 15 mil pessoas temporariamente nas casas de amigos e parentes. Houve danos em 15,8 mil casas e 292 ficaram completamente destruídas. Em Santa Catarina, 1.308 pessoas tiveram de deixar suas casas.

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