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Roberto e Andréia, que se conheceram em Guaratuba, passeiam na praia com a pequena Júlia | Valterci Santos / Agência Gazeta do Povo
Roberto e Andréia, que se conheceram em Guaratuba, passeiam na praia com a pequena Júlia| Foto: Valterci Santos / Agência Gazeta do Povo

Os pequenos amores à beira-mar sobrevivem quase sempre ao calor de uma noite ou a uma temporada preguiçosa de férias. Depois, viram histórias a serem contadas no próximo verão. Sem vocação sequer para acompanhar a viagem de volta. Ainda que a maioria das pes-soas não tenha a crença de que um grande amor possa surgir de um sonho de uma noite de verão, o coração, por vezes, prega algumas peças, como a que aconteceu com a estudante de Direito de Curitiba Ana Paula Bueno, 21 anos, que foi passar alguns dias das férias em Baneário Camboriú (SC). "Tinha terminado um namoro. Fui almoçar em um restaurante com minha mãe e as amigas dela. Em outra mesa, estava o Rodrigo com o avô. Ele veio conversar comigo. Dei corda porque o achei muito bonito", conta. Os dois ficaram naquele final de semana e agora estão "deixando acontecer", como ela define. Ele mora em São Paulo, as conversas seguiram pelo telefone e um já foi visitar o outro em sua cidade. Se o flerte praiano vira namoro, os dois ainda não sabem.

Há dez anos o casal Roberto Sgrott da Silva, 38 anos, e Andréia Berté, 37, estavam na mesma situação. Ele, engenheiro civil de Joinville (SC). Ela, publicitária em Curitiba. No dia 22 de janeiro de 2000 se encontram em uma festa em Guaratuba. "Eu não procurava uma namorada. Também não acharia ruim encontrar uma. Ficamos naquela noite, continuamos a marcar encontros nos finais de semana seguintes. Vimos que podia ficar sério quando acabou a temporada e tínhamos de decidir quem iria visitar o outro primeiro", lembra Roberto.

"Era para ser um típico romance de verão. Eu tinha decidido que teria de ser mais, um excelente romance de verão", conta Andréia. Menos de um ano do primeiro encontro, ela e Roberto decidiram morar juntos em Curitiba. Esperam o segundo filho, Miguel, que nasce daqui a dois meses e fará companhia a Júlia, de 3 anos.

Na batalha

Entre os solteiros, um cometário padrão: conquistar as moças foi mais difícil nesta temporada do que na do ano passado. O estudante de Curitiba James Henrique, 20 anos, afirma que as meninas cederam menos aos seus encantos neste verão. "Talvez a estratégia na hora da paquera tenha sido errada com algumas", admite o rapaz, que partia para o flerte junto com os amigos no carnaval de Guaratuba.

"Sozinho, tem sido mais fácil", diz Jonathan Audiffred, 27 anos, estudante de Educação Física, que também estava no carnaval de Guaratuba. A tática dele foi se desgarrar do bando e apostar na carreira solo. "Aí tem de investir no olhar confiante. E ser bonito", diz, referindo-se à boa forma.

As garotas concordam. Na praia, beleza é, sim, fundamental. "A gente quer curtir a noite, os shows. Encontrar alguém especial para curtir junto. Especial e bonito", ressalta a estudante de Curitiba Franciele Cristina dos Santos, 19 anos, que passou parte da temporada em Guaratuba.

As mulheres, por sua vez, ainda deixam para eles o primeiro passo na paquera. Fazer-se notar é a estratégia predominante na ala feminina. "A escolha da roupa, decotada para valorizar o bronzea­do, mas não a ponto de parecer vulgar. Maquiagem, principalmente na balada, ajuda" diz a fisioterapeuta de Maringá Mayara Costa, 24 anos, que passou as férias em Caiobá. "Na praia, ninguém quer compromisso", diz.

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