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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

ONG tenta reduzir o número de cães na cidade

A organização não governamental (ONG) Associação Arca de Noé de Proteção dos Animais (Anoé) tenta minimizar o problema dos cães em Matinhos por meio de castração. Para isso, a ONG conta com ajuda de empresários. "A prefeitura infelizmente não cumpre a lei, porque é responsabilidade deles. Na época da eleição afirmam que vão fazer parcerias, mas depois não assumem, não fazem nada", reclama Volga Miriam da Silva, diretora do departamento financeiro da instituição.

"Nestes quatro anos, com poucos recursos, nós castramos 2 mil animais.Estaríamos com 30 mil a mais nas ruas se estivéssemos contando com a prefeitura", afirma. (RM)

Basta andar por Matinhos para perceber o grande número de cachorros nas ruas. Pior: na praia a situação é mesma. Capazes de transmitir doenças e muitas vezes responsáveis por acidentes de trânsito, os cães têm livre acesso por Matinhos.

"As fezes destes cães podem liberar vermes ou um protozoário chamado Giárdia, que causa a giardíase. Isto pode causar dores abdominais, diarréias e vômitos. Um risco principalmente para as crianças", comenta a médica veterinária Patrícia Addeo. Bicho geográfico, pulgas, carrapatos e até a leptospirose são outras doenças que os cães podem transmitir pela areia da praia.

Patrícia ainda faz um alerta. Não são só os cachorros de rua que transmitem doenças pela areia da praia. Os cães limpos, que têm donos, também são um risco. "Na praia têm cachorros vadios que podem passar para os cães limpos as doenças. Por serem bem tratados, esses animais podem ser infectados e não demonstrarem, repassando a doença para frente", enfatiza. Portanto, a orientação é não levar cães para a praia.

Responsabilidade

Pela cidade, a reclamação é geral. "O que mais tem nessa praia é cachorro. A prefeitura não faz nada e nem procura os donos, porque eles existem. Só que largam por aí", reclama o pescador Luis Carlos Kovalik, 37 anos.

"O que mais tem aqui é cachorro. É um absurdo, no meio do mercado de peixes. A colônia de pescadores já pediu para a prefeitura retirar, mas nada é feito", reclama a também pescadora Daniela Cristina de Oliveira, 27 anos.

O problema sobra até para o Corpo de Bombeiros, que também não pode fazer muita coisa. "É raro, mas acontece de os cachorros estarem soltos e ameaçarem a integridade física das pessoas. Nós recolhemos, mas não podemos ficar com eles", afirma o tenente Romeu Tadashi Yagui, comandante da corporação em Matinhos.

A reportagem entrou em contato nos últimos dois dias com a prefeitura de Matinhos, mas não obteve resposta sobre o excesso de cães na cidade.

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