Brasília - Para adiar a discussão e a votação do novo Código Florestal, deputados federais pediram mais tempo para analisar o parecer apresentado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) na semana passada. A próxima reunião foi marcada para segunda-feira. A decisão foi acertada em poucos minutos na manhã de ontem, durante sessão com plenário lotado da comissão especial que debate a lei florestal na Câmara.
O pedido de vista faz parte da estratégia dos membros da bancada ambientalista, que pretendem usar dispositivos regimentais para postergar a votação para depois das eleições. "É uma estratégia de obstrução. Nessa época eleitoral, as pessoas agem mais com o coração do que com a razão", afirmou o deputado Sarney Filho (PV-MA). Ele criticou a data da próxima sessão, uma segunda-feira, dia em que geralmente os parlamentares estão em suas bases e não há atividades no plenário e nas comissões. "Vamos buscar a votação agora porque não sabemos quem virá no ano que vem. Temos de cumprir nosso dever parlamentar agora", rebateu o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), da bancada ruralista.
Na próxima sessão, os deputados Sarney Filho e Ivan Valente (PSOL-SP) devem apresentar um voto em separado para contestar o relatório em discussão. Entre as propostas de Rebelo estão a anistia para quem desmatou até julho de 2008, a redução das áreas de preservação permanente e a transferência de poder aos estados para legislar sobre causas ambientais. "É importante que o debate seja realizado. Ambos os lados devem apresentar suas propostas para que possamos proteger o meio ambiente e a produção agrícola", argumentou Aldo Rebelo.
Na comissão, o relatório apenas poderá ser aprovado ou rejeitado. Como a maioria dos membros representa o agronegócio, delineia-se a aprovação do parecer. É no plenário da Câmara que os deputados terão a chance de modificar o texto.
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