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Rafael Greca  (PMN) recebeu 461 mil votos no segundo turno em Curitiba. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Rafael Greca (PMN) recebeu 461 mil votos no segundo turno em Curitiba.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Em um momento de suspeitas e descrenças nas lideranças políticas, Rafael Greca (PMN) assume a prefeitura de Curitiba com um surpreendente nível de confiança dos curitibanos. Para 60,7% dos eleitores da capital paranaense, a gestão de Greca deve ser ótima ou boa; 26,8% esperam uma administração regular; e apenas 9,1% ruim ou péssima. 3,4% dos entrevistados não souberam responder. Os dados são de um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas.

INFOGRÁFICO: Veja os números da pesquisa sobre Rafael Greca

A expectativa positiva em relação ao prefeito eleito contrasta com a avaliação dos governos federal e estadual. O presidente Michel Temer tem a desaprovação de cerca de 70% dos eleitores de Curitiba, e o governador Beto Richa é desaprovado por 71% dos curitibanos.

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“Ele [Greca] acabou de ser eleito e os outros já têm um desgaste”, explica o diretor da Paraná Pesquisas Murilo Hidalgo. “O apreço que o curitibano tem pelo amor que ele [Greca] sente pela cidade e pelo apreço dele, isso é incontestável”, afirma.

Outra constatação favorável a Rafael Greca apresentada pela pesquisa é que 66,2% dos entrevistados têm a expectativa de que a sua gestão será melhor do que a de seu antecessor, Gustavo Fruet (PDT). O atual prefeito deixa a administração municipal com um índice de 63% de desaprovação.

Segundo Hidalgo, é o maior índice de desaprovação de um prefeito em fim de mandato em Curitiba.

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Para o diretor do Paraná Pesquisas, tanto a avaliação de Fruet quanto a expectativa em relação à Greca têm relação com a saúde. “Eu acho que principalmente isso se deve à expectativa do Fruet que ele não conseguiu entregar. Principalmente na área da saúde pública. É o mesmo problema, ao meu ver, que o Rafael Greca [pode enfrentar]. A expectativa da população é saúde pública. Foi o que matou o Gustavo Fruet e o que poderá vir a causar sérios problemas à imagem do Rafael Greca”, analisa Hidalgo.

Em relação ao público onde Rafael Greca está mais bem avaliado, percebe-se uma leve predominância das mulheres (62,8% ótimo ou bom) e dos idosos (62,8% ótimo ou bom). Pelos dados da pesquisa, os mais jovens parecem ser mais céticos em relação ao trabalho da próxima gestão. Entre os eleitores que estão na faixa de 16 a 24 anos, 50,8% esperam uma administração ótima ou boa; 33,1%, regular; e 14,7%, ruim ou péssima.

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E se a eleição fosse hoje?

De acordo com o levantamento da Paraná Pesquisas, se as eleições municipais acontecessem hoje, Rafael Greca receberia 66% mais votos que os 461 mil registrados no segundo turno das eleições municipais. Questionados se votariam em Greca caso a eleição fosse hoje, 59,8% dos entrevistados responderam sim e 40,2% não.

“Muita gente não votou [nas eleições], anulou o voto. Agora, passado o pleito eleitoral, passado as brigas, passado tudo, ele [Greca] está voltando aos percentuais que ele tinha lá atrás antes da infelicidade da PUC. Ele está recuperando o que tinha perdido”, diz Hidalgo.

Durante a campanha, Rafael Greca afirmou em uma sabatina na PUC-PR que vomitou ao sentir “cheiro de pobre”. Depois das eleições, o governador Beto Richa, que apoiou a candidatura de Greca, chegou a dizer que o episódio custou a eleição ao prefeito eleito no primeiro turno.

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Pontos fortes

Ao serem questionados sobre qual seria o ponto mais forte da administração de Greca, a maioria dos entrevistados citou a área da saúde (30%) e a manutenção de ruas, praças e parques (24,4%).

Pontos fracos

Curiosamente, a saúde, que liderou como ponto forte do candidato, também aparece na frente como ponto fraco, ainda que em menor medida (17%).

Outras áreas que foram identificadas como possíveis “calos” da gestão pelos eleitores entrevistados foram segurança pública (13,9%) e transparência com o dinheiro público (13,3%).

Ficha técnica

O levantamento do Instituto Paraná Pesquisas ouviu 858 eleitores curitibanos entre os dias 11 e 14 de dezembro. A pesquisa tem grau de confiança de 95% e uma margem de erro de 3,5%.

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