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Eduardo Cunha foi alvo de manifestantes nesta quarta (4), que jogaram notas falsas em direção ao presidente da Câmara. | Lula Marques/Agência PT
Eduardo Cunha foi alvo de manifestantes nesta quarta (4), que jogaram notas falsas em direção ao presidente da Câmara.| Foto: Lula Marques/Agência PT

Alvo de investigação da Operação Lava Jato por manter contas secretas na Suíça, o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já esboçou a tese central de sua defesa: o peemedebista vai admitir que controla as contas na Suíça, mas que nenhuma está em seu nome – estão registradas em razões sociais abertas pelo ex-presidente da Câmara, tendo seus familiares como beneficiários. A informação é do jornal Folha de S. Paulo, baseada em depoimentos de correligionários e pessoas próximas a Cunha.

Manifestante joga notas falsas de dólar em Cunha; assista

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Com base nesta argumento, o peemedebista seguirá sustentando que não mentiu à CPI da Petrobras quando prestou depoimento, em março, quando declarou não possuir contas no exterior. Para Cunha, na época ele foi questionado pelos colegas parlamentares se era titular das contas na Suíça. Mentir para os pares é considerado motivo forte para um pedido de cassação do mandato, apesar de a regra nas constar nas normas internas da Casa.

Além disso, ainda de acordo com a reportagem, Cunha dirá que seu patrimônio foi construído nas décadas de 80 e 90 de maneira lícita, e que seu grande erro foi não declarar as contas até hoje.O presidente da Câmara garante ter documentos que comprovam as movimentações.

Já sobre a conta registrada no nome da mulher, a jornalista Cláudia Cruz, a defesa alegará que a movimentação sempre foi irrisória, inferior ao saldo mínimo que torna a declaração obrigatória.

Lobista

Outro ponto delicado da defesa sustentará que Cunha não sabia do depósito de US$ 1 milhão feito pelo lobista João Augusto Henriques, ligado ao PMDB. Segundo Henriques, o pagamento foi feito a pedido de outro parlamentar, Felipe Diniz, filho de Fernando Diniz (PMDB-MG), ex-líder do partido na Câmara, morto em 2009.

Cunha dirá ainda que o valor refere-se ao pagamento um empréstimo de muitos anos feito ao deputado mineiro pouco antes de sua morte.

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