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Brasília - A menos de um ano das eleições de 2010, o governo federal resolveu ampliar pela terceira vez neste ano o número de beneficiários do Bolsa Família, principal programa social da gestão do presidente Lula. Desde ontem, 500 mil novas famílias foram incluídas no programa, que já atinge 12,4 milhões de lares e movimenta R$ 1 bilhão por mês.

O governo nega o interesse eleitoral na expansão e argumenta que segue estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Mapa de Pobreza, para definir o número de assistidos pelo programa.

Ao todo, 1,3 milhão de famílias passaram a fazer parte do programa em 2009 – sendo 500 mil em agosto e outros 300 mil em maio. Segundo o Minis­­­­tério do Desenvolvimento So­­­cial, em 2010, a ampliação do programa deve atingir mais 500 mil famílias, chegando a 12,9 milhões de domicílios.

Além da ampliação no nú­­­­mero de família assistidas, em setembro o governo já havia reajustado em 10% o valor do benefício – sendo que o valor mé­­­dio concedido passou de R$ 86 para R$ 95. O aumento significa R$ 99,1 milhões a mais em relação a agosto. Esse foi o terceiro reajuste dos valores em quase seis anos de execução do programa. A pri­­­­meira recomposição nos valores, de 18,25%, ocorreu em agosto de 2007. Em julho do ano passado, o reajuste havia sido de 8% e em 2009 chegou a 10%.

Apesar de o governo evitar relacionar as mudanças com as eleições, nos bastidores, interlocutores do presidente Lula reconhecem que as medidas podem dar sustentação à bandeira social da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na disputa pela sucessão presidencial em 2010.

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