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Janot foi homenageado pelo Conselho Nacional do MP. | Elza Fiúza/Agência Brasil
Janot foi homenageado pelo Conselho Nacional do MP.| Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Alvo de críticas de políticos investigados na Lava Jato, de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de parte da imprensa, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que a vida é um “carrossel” e que vai “do céu ao inferno” em 24 horas. As afirmações foram feitas na sessão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) nesta terça-feira (14). O colegiado é presidido por Janot. Os conselheiros fizeram um ato de apoio ao procurador-geral e lembraram que ele conta com o respaldo da população na condução das investigações da Operação Lava Jato.

“Nesse momento de turbilhão que a gente vive, a vida, de acordo com o encaminhar dos fatos, é um carrossel. Você está do céu ao inferno em 24 horas. Não se agrada ninguém. A atividade de investigação é sempre descobrir. A investigação profissional não tem ideologia, não tem lado”, afirmou Janot.

Pedidos de prisão

O procurador-geral pediu a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os três primeiros são suspeitos de orquestrar ações contra a Lava-Jato. Cunha, de desrespeitar decisão do STF que o afastou do comando da Câmara, por continuar operando na Casa. O ministro Teori Zavascki ainda não decidiu sobre as solicitações.

Os pedidos de prisão são mantidos sob sigilo, e ainda não se sabe se o embasamento extrapola as conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o mais novo delator da Lava Jato. Machado delatou principalmente os peemedebistas do Senado. Como prova, gravou conversas mantidas com eles. O procurador-geral pediu à Polícia Federal (PF) abertura de inquérito para investigar o vazamento de informações sobre as prisões.

“Deus me livre do local em que o investigador possa escolher previamente a pessoa que quer investigar. Isso aí não é a democracia, isso não é um Estado de Direito”, disse Janot. “As investigações nos levam para um ou para outro caminho. Temos de ser retos enquanto atividade investigadora, independentemente de quem deva ser, com todo respeito e garantia constitucional, investigado e republicanamente receber o mesmo tratamento. Confesso que em determinado momento não é fácil.”

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