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Tão logo o resultado das eleições foi anunciado na noite deste domingo (5), os representantes dos partidos políticos, que foram para o segundo turno em Porto Alegre, já começaram a acertar os apoios para a nova disputa, que será decidida no dia 26 de outubro.

Não houve um momento de descanso, garantiu Clóvis Magalhães, coordenador político da campanha do atual prefeito José Fogaça (PMDB). Ele disse que as negociações já começaram nesta segunda (6), mas as alianças ainda vão demorar um tempo para serem consolidadas.

O objetivo da coligação de Fogaça, integrada também pelo PDT, PSDC e PTB, é buscar o apoio de todas as legendas derrotadas no primeiro turno, especialmente os 121,2 mil votos da candidata Manuela D`Ávila (PCdoB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno. As diferenças ideológicas entre os partidos não devem ser um impeditivo para a aliança. Temos que, pelo menos, garantir a condição de diálogo, disse o coordenador.

A ligação histórica entre PT e PCdoB deverá ser usada pela coligação de Maria do Rosário (PT), para atrair o apoio de Manuela. Os dois partidos têm uma história bonita de alianças e caminhadas, e uma identidade política, que não existe com a candidatura do Fogaça, argumentou Rodrigo Oliveira, coordenador de comunicação da campanha de Rosário.

Segundo ele, os contatos com as direções partidárias dos partidos derrotados já começaram, e a preferência na busca de apoio será para os partidos do campo popular e da base do governo federal. Mas eles também vão tentar conquistar os eleitores de outros candidatos, que apresentaram um discurso de oposição a atual administração municipal.

O Democratas vai decidir até o fim da semana se irá apoiar a candidatura reeleição de Fogaça ou permanecer neutro no segundo turno. Segundo o presidente do Diretório Municipal, deputado estadual Paulo Borges, um apoio a Maria do Rosário está praticamente descartado, devido s diferenças ideológicas entre PT e DEM. Acredito que essa possibilidade não exista, afirma.

Borges garantiu que as especulações em busca do apoio do DEM já começaram, mas não quis dar mais informações sobre os contatos que recebeu. Ao lado do PP e do PSC, o DEM concorreu no primeiro turno com o deputado federal Onyx Lorenzoni, que teve 4,46% dos votos, na terceira vez que disputou o cargo de prefeito em Porto Alegre.

Quarta colocada na eleição de ontem, com 8,38% dos votos, a deputada federal Luciana Genro (P-SOL) já disse que o partido não vai apoiar nenhuma candidatura no segundo turno, por falta de identidade ideológica com as legendas. Segundo ela, os eleitores estão liberados para escolher seus candidatos.

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