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Marina Silva: ultimato por mudança no PV. | Renato Araújo/ABr
Marina Silva: ultimato por mudança no PV.| Foto: Renato Araújo/ABr

A ex-candidata à Presidência Marina Silva (PV) classificou ontem de "levianas" as acusações feitas a ela e a seu marido, Fabio Vaz de Lima, pelo relator do projeto de reforma do Código Florestal, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdo B-SP).

Durante sessão da quarta-feira na Câmara, Rebelo, indignado com uma suposta afirmação de Marina de que ele teria fraudado o texto final do projeto de lei, afirmou que o marido da ex-senadora do PV fez contrabando de madeira. Rebelo disse ainda ter defendido a senadora e o marido na ocasião da acusação por ser líder do governo.

Marina afirmou que as acusações feitas contra seu marido são "falsas" e "levianas". Segundo ela, as denúncias surgiram quando ela era ministra do Meio Ambiente e comandou um processo conjunto do Ibama com a Polícia Federal para combater o desmatamento. A senadora afirmou que, com a ação, foram levadas 725 pessoas para a prisão e aplicados R$ 4 bilhões em multas. "Isso gerou fúria contra mim."

A ex-candidata disse que, na­­­quela ocasião, houve um requerimento para convocar o seu marido para depor na Câmara e que houve a ação de Rebelo, então líder do governo na Casa, para evitar a aprovação da convocação. "Até ontem eu imaginava que o encaminhamento do líder do governo era por seu convencimento. Não há por que me cobrar nada. Se ele não tinha convencimento [da inocência do marido], não tinha por que ter evitado o depoimento", disse Marina. A ex-senadora afirmou que seu marido vai analisar se tomará ou não alguma medida judicial contra o relator.

Ela sugeriu ainda que a acusação de Rebelo pode ter a intenção de enfraquecê-la no debate do Código Florestal. "Não vão nos intimidar; não vamos permitir cortina de fumaça."

Marina também fez críticas ao trabalho do relator. Segundo ela, o texto proposto por Rebelo é um "retrocesso" e está cheio de "pegadinhas". Um dos muitos pontos criticados pela senadora é a permissão de pastoreio nas áreas de preservação permanente de encostas e topos de morro. Ela afirmou ainda que o texto é um "incentivo a novos desmatamentos" e um "desrespeito a quem cumpre a lei".

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