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crise política

Advogado de Dilma responde Moro e diz que processo de cassação no TSE não é Lava Jato

Em ofício encaminhado ao TSE, o juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em primeira instância, sugeriu que os delatores do caso sejam ouvidos no processo de cassação da presidente

Campanha de Dilma e Temer é alvo de processo no TSE. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Campanha de Dilma e Temer é alvo de processo no TSE. (Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo)

O advogado que defende a presidente Dilma Rousseff (PT) nas ações que correm no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Flávio Caetano, disse nesta segunda-feira (15) que a investigação da Operação Lava Jato não deve influenciar no julgamento na Corte eleitoral.

O juiz federal Sergio Moro enviou um ofício ao TSE em outubro do ano passado informando que em uma das sentenças do caso ficou comprovado o repasse de propina a campanhas eleitorais e sugerindo que a Corte ouça alguns delatores da Lava Jato.

“A ação no TSE se refere a um período certo e determinado, qual seja o processo eleitoral de 2014, que se iniciou em junho de 2014 e teve fim com a diplomação da presidenta no dia 18 de dezembro de 2014. É sobre isso que o TSE discute. Qualquer coisa fora disso não tem nenhuma relação com o processo no TSE e portanto não pode ser considerada”, disse o advogado da presidente. “Toda e qualquer prova que vier para os autos do processo tem que ter relação direta com o processo no TSE e o processo no TSE não é Lava Jato”, completou Caetano.

De acordo com o ofício de Moro, em uma das sentenças da Lava Jato “reputou-se comprovado o direcionamento de propinas acertadas no esquema criminoso da Petrobras para doações eleitorais registradas”. O juiz ainda afirmou que os colaboradores Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Augusto Mendonça, Milton Pascowitch e Ricardo Pessoa também confirmaram que parte da propina foi direcionada a campanhas eleitorais. “Seria talvez oportuno que fossem ouvidos diretamente pelo Tribunal Superior Eleitoral a fim de verificar se têm informações pertinentes ao objeto da requisição”, sugere o juiz paranaense.

O advogado da presidente disse ainda que não há provas do envolvimento de Dilma no escândalo de corrupção na Petrobras e ela não recebeu dinheiro do esquema em sua campanha à reeleição. “Qualquer afirmação nesse sentido é absolutamente mentirosa e inverídica. Não houve nenhum depoimento, nenhum delator, nada, que até agora tenha se referido a qualquer conduta da presidenta e do seu vice Michel Temer”, afirmou o advogado.

No TSE, há quatro ações que pedem a cassação da coligação da presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer (PMDB). Todas foram enviadas pelo PSDB.

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