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Nesta segunda-feira,os advogados de defesa de Suzane von Richthofen tentarão mais uma cartada para adiar o julgamento, marcado para esta segunda-feira. Eles entrarão com um pedido no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para transferir o júri para uma outra cidade do estado. A alegação é que o julgamento na capital paulista seria influenciado pelas manifestações populares ocorridas na cidade. Duas tentativas anteriores já foram negadas pela Justiça.

Suzane passou o sábado no apartamento do seu ex-tutor e advogado Denivaldo Barni, na zona sul da capital paulista treinando com seus advogados respostas a prováveis perguntas que serão feitas no tribunal. O encontro durou quatro horas e meia e deve continuar neste domingo.

A estratégia da defesa é provar que ela agiu sob pressão de Daniel Cravinhos . Suzane, Daniel e o irmão dele, Cristian, são réus confessos do assassinato de Marísia e Manfred von Richthofen, em outubro de 2002.

A presença de Suzane no apartamento de Barni, onde cumpre prisão domiciliar, incomoda muitos moradores.

- É revoltante saber que poderia encontrá-la - diz Marcia Regina de Sá.

No sábado, os vizinhos do advogado entregaram a ele uma carta reclamando dos incômodos causados pela presença de Suzane no local. A jovem está sob a proteção de cinco seguranças contratados por seus advogados de defesa. Os homens circulam pelas dependências do prédio desde esta sexta-feira e trabalham para evitar o acesso da imprensa à Suzane na saída para o julgamento. Segundo moradores, durante a semana, dois deles faziam esse trabalho, que foi complementado por outros três seguranças.

Ela e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos de Paula e Silva, começam a ser julgados às 13h desta segunda-feira, no Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo - saiba aqui como será o julgamento. Eles serão acusados de duplo homicídio, triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e por não permitir defesa da vítima. O trio ainda é acusado de fraude processual, por modificar a cena do crime para parecer que foi um latrocínio (roubo seguido de morte).

Segundo o advogado Mario Sérgio de Oliveira, Suzane vai dormir no Fórum durante o julgamento. A decisão visa evitar que a ré sofra o constrangimento da remoção e o assédio da imprensa.

- Ela vai ficar em um quarto pequeno, onde só há uma cama, e terá escolta do lado de fora - diz.

A permanência de Suzane no fórum havia sido pedida ao juiz Alberto Anderson Filho pelo promotor Roberto Tardelli. A acusação sustenta que a prisão domiciliar concedida a Suzane pelo Superior Tribunal de Justiça vale até o julgamento, ou seja, deixa de existir quando começar o júri. Já os irmãos Cravinhos, que foram transferidos quinta-feira da Penitenciária de Itirapina, no interior do estado, para o Centro de Detenção Provisória 1 de Pinheiros, na capital, retornarão ao CDP para passar a noite.

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