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Pré-candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (MG) disse na tarde deste sábado (5) que a oposição irá à Justiça Eleitoral contra a presidente Dilma Rousseff (PT), alegando que ela usou o cargo para fazer propaganda eleitoral antecipada.

Para o PSDB, Dilma pediu votos durante uma entrevista a uma rádio de São José do Rio Preto (SP). A presidente esteve na cidade ao lado do pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha para entregar unidades do Minha Casa Minha Vida e aproveitou a ocasião para ressaltar que lançaria o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 3 e que incluiria um contorno ferroviário de 40 km na região no programa.

"No meu governo, em 2014, é impossível [concluir a obra]. Mas deixo engrenadinho, com contrato feito para o PAC 3", afirmou a presidente, segundo transcrição publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo". "Se eu tiver um segundo mandato... se votar em mim... Não é isso que eu estou discutindo. Uma obra de ferrovia não termina em 2014", concluiu a presidente.

Petrobras

Aécio criticou a fala de Dilma durante sua primeira visita à região do ABC Paulista. O tucano esteve em São Caetano do Sul para encontro com militantes.

O evento foi repleto de ataques à gestão Dilma e de menções às acusações de pagamento de propina e irregularidades na administração da Petrobras. No palanque, Aécio disse que o PT trata a região do ABC "como curral eleitoral", mas que nesta eleição o partido iria "provar do próprio veneno".

"O ABC é constituído de gente capaz, inteligente, trabalhadora e que está percebendo o mal que o PT vem fazendo ao Brasil", disse. Ele citou a desindustrialização do país e o fechamento de postos de trabalho em fábricas, atividade de apelo na região.

Os ataques mais pesados vieram de aliados do senador. O deputado estadual Orlando Morando (PSDB-SP) chamou de "PassaDilma" o caso da polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O deputado federal Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, disse que a corrupção na Petrobras deixa o mensalão "com cara de ladrão de galinha".

Aécio foi mais comedido ao falar do assunto. Ele voltou a defender a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e disse ser uma "vergonha" o governo trabalhar para impedir a apuração.

Por fim, afirmou que não se negará a assinar outros requerimentos de CPI desde que a da Petrobras saia do papel. Foi uma referência às ameaças de aliados do governo no Congresso de instalar apurações que envolvam as gestões do PSDB em São Paulo e em Minas Gerais e do PSB, do ex-governador Eduardo Campos, em Pernambuco.

Ao se despedir do público em São Caetano, Aécio voltou a dizer que a eleição presidencial será decidida em São Paulo. Ele tem dado prioridade a visitas ao Estado. "Está nas mãos de vocês", afirmou.

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