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Deputados e senadores do PMDB fizeram nesta quinta-feira (15) um jantar em Brasília para apoiar a candidatura de Eduardo Campos (PSB) à Presidência. O grupo de 13 parlamentares considerados independentes em relação ao partido querem que a sigla libere os diretórios estaduais para que formalizem o apoio para Campos ou para o senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB.

A insatisfação com o governo de Dilma Rousseff tem feito com que o grupo pressione a cúpula do partido. No entanto, os parlamentares reconhecem que será difícil vencer a disputa na convenção nacional que acontecerá em 10 de junho.

Segundo o deputado Fábio Trad (MS), os parlamentares aproveitaram a presença de Campos em Brasília para marcar o jantar e discutir "o futuro do país". Os peemedebistas aproveitaram o encontro também para compartilhar entre si as impressões sobre a reunião da executiva da sigla, que aconteceu durante a tarde em Brasília.

As questões regionais têm dificultado a reedição da aliança nacional PT-PMDB na esfera dos estados. De acordo com Trad, o PMDB tem problemas com o PT em cerca de 11 estados. "Há um debate interno nos diretórios estaduais para não respaldar esta aliança", afirmou. No entanto, ele admite que a maioria dos integrantes do partido deverá apoiar Dilma na corrida ao Planalto.

Apesar de as alianças ainda estarem indefinidas, Temer afirmou nesta quarta-feira (14) que é o pré-candidato na chapa de Dilma à reeleição. Ele também recebeu apoio formal dos presidentes dos diretórios regionais do PMDB de Minas Gerais e de São Paulo.

Durante o jantar, Campos afirmou que irá manter os programas sociais de transferência de renda consolidados pelos governos do PT e enalteceu o setor produtivo do país. A fala foi entendida como uma referência à propaganda veiculada pelo PT nos meios de comunicação com a mensagem de que é preciso ter medo de uma volta ao passado com a perda de avanços conquistados pelo país.

Antes do jantar, porém, Campos classificou a propaganda como ato de "terrorismo". "Vamos parar com esse terrorismo, com essa falta de respeito de querer discutir o Brasil agora na base da ameaça e do medo", disse, em discurso a prefeitos durante evento da Marcha dos Prefeitos, em Brasília.

Mais diretos, os peemedebistas classificaram a propaganda como "boçal" e como uma "demonstração total de desespero do PT". "Esses direitos já estão incorporados à vida do brasileiro. [O vídeo] é totalmente desleal com o país", avaliou o deputado Raul Henry (PE).

O grupo fará um ato público em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, em 5 de junho. Eles irão apoiar o lançamento oficial da candidatura ao governo do estado do peemedebista Nelson Trad Júnior, que contará com a presença de Eduardo Campos. No evento, o partido lançará também a candidatura de Simone Tebet ao Senado.

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