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A Comissão Especial que vai analisar a admissibilidade de um processo de impeachment contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), será presidida pelo líder do governo na Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen (PP), e terá como relatora a deputada Zilá Breitenbach, presidente do PSDB no Estado.

O pedido de afastamento da governadora foi apresentado pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais (FSPE) no dia 9 de julho e acatado, para análise de comissão especial, pelo presidente da Assembleia, Ivar Pavan (PT), no dia 10 de setembro.

Westphalen e Zilá foram eleitos na reunião de instalação da comissão especial nesta terça-feira (29) na qual a base de apoio ao governo fez valer sua maioria e rejeitou as teses de suspeição levantadas pela oposição. A bancada governista nem chegou a fazer a defesa das duas candidaturas. Apenas esperou que os oposicionistas pedissem votos para Raul Pont (PT) para a presidência e Gilmar Sossela (PDT) para a relatoria e, na votação, derrotou os dois por 17 a 11 e 17 a 10.

Aliados

Tanto Zilá quanto Westphalen já indicaram anteriormente que entendem que não há provas contra a governadora e que o processo nem deveria tramitar na Casa.

Nesta terça, não foram tão enfáticos na defesa da governadora."Meu trabalho será totalmente isento", prometeu Westphalen, que não vê incompatibilidade entre os papéis de líder do governo e presidente da comissão especial.

Já Zilá demonstrou convicção de que Yeda é inocente. "Não vi ainda fundamentação (de irregularidades) naquilo que até agora se leu", ressalta a deputada. "Mas vamos aprofundar os estudos e analisar com responsabilidade e tranquilidade".

Procuradores e réus

Inconformada com a perspectiva de ver o pedido rejeitado logo na fase de análise de admissibilidade, a oposição protocolou requerimento para a comissão especial promover pelo menos cinco audiências para ouvir o FSPE, os procuradores da República que encaminharam ação de improbidade administrativa contra Yeda, outros oito réus e testemunhas e também para análise de documentos. Se a presidência negar, os deputados do PT, PDT, PSB, PC do B e DEM prometem fazer uma investigação paralela. O relator tem dez dias para apresentar seu parecer, que será votado na comissão e posteriormente no plenário. O governo tem maioria de 17 a 12 na comissão e de 34 a 20 no plenário e pode sepultar o pedido do FSPE ainda em outubro. Se for adiante, o processo passará para uma etapa de instrução e, posteriormente, uma de julgamento, podendo chegar ao final no primeiro trimestre do ano que vem.

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