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Marco Feliciano minimiza pressão e garante que permanece no cargo | Alexandra Martins/ Ag. Câmara
Marco Feliciano minimiza pressão e garante que permanece no cargo| Foto: Alexandra Martins/ Ag. Câmara

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Qual deve ser a atitude do presidente da Câmara em relação à conduta do deputado Marco Feliciano?

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Depois de pedir nos bastidores a renúncia do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) do comando da Comissão de Direitos Humanos, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), prometeu uma solução até a próxima terça-feira para a situação que definiu como "insustentável". Feliciano, por sua vez, reiterou a intenção de permanecer no cargo em entrevista à Rádio Estadão e enfatizou o apoio dos evangélicos a sua posição. O partido do pastor se reunirá no início da próxima semana em busca de uma saída honrosa para o conflito.

A declaração pública de Alves é mais um elemento na pressão sobre o deputado do PSC. A eleição de Feliciano provocou reação de grupos ligados aos direitos humanos por ele ter feito declarações por meio de redes sociais vistas como racistas e homofóbicas pelos militantes da causa. A insatisfação dentro da Casa cresceu ainda mais nesta semana após um assessor do pastor divulgar um vídeo com ataques a seus adversários no parlamento e a rituais africanos. A comissão não conseguiu realizar sessões nas duas últimas semanas devido aos protestos contra Feliciano.

"Do jeito que está se tornou insustentável a situação. Eu asseguro que será resolvida até terça-feira da semana que vem", afirmou Alves. "Agora passou a ser também responsabilidade do presidente da Câmara dos Deputados", complementou ao destacar que a "radicalização" prejudica o andamento dos trabalhos na Casa.

Resistência

Feliciano, por sua vez, manteve a posição de resistir. Em entrevista à Rádio Estadão afirmou que a pressão que sofre é de "vinte pessoas que estavam fazendo bagunça na Comissão". Destacou a votação recebida na eleição para deputado federal e o apoio parlamentar que teve para chegar ao comando da comissão. Citou ainda o apoio de evangélicos como um dos motivos para continuar.

"Fui eleito deputado com mais de 200 mil votos em São Paulo. Fui eleito por um colegiado de líderes na Câmara e represento mais de 50 milhões de evangélicos diretamente e mais um sem número de famílias que tem a mesma visão minha", disse o pastor. A menção à força dos evangélicos tem sido constante entre os aliados de Feliciano. Alguns sugerem que ele deveria convocar uma manifestação a seu favor para mostrar a força de seu segmento. Os mais próximos, porém, o aconselham a montar uma pauta para a comissão evitando temas que criem polêmica com os grupos que tentam derrubá-lo.

Enquanto o pastor tenta traçar planos para o comando da comissão, o PSC busca uma forma de convencê-lo a sair. Como foi eleito, o pastor não pode ser retirado do cargo e só deixará a comissão se ceder aos apelos para uma renúncia.

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